A travessia entre os estados do Maranhão e Tocantins será realizada, a partir desta terça-feira (31), por balsas, como solução temporária após o desabamento da ponte JK, ocorrido no dia 22 de dezembro. Inicialmente, apenas pedestres poderão utilizar o serviço, mas, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a operação será expandida para motos, automóveis e caminhonetes a partir do dia 2 de janeiro. O serviço será gratuito, custeado pelo DNIT.
Cronograma de retomada
A empresa Pipes Navegações, responsável pela operação das balsas, informou que a travessia será ampliada gradualmente para atender à demanda local. O plano inclui:
31 de dezembro: início das travessias exclusivas para pedestres.
2 de janeiro: liberação para motos e automóveis leves.
Equipamentos específicos para atender veículos de grande porte estão sendo transportados para o local e, segundo a Pipes, o serviço será disponibilizado assim que todas as condições de segurança forem garantidas.
A ponte JK, que ligava Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO) pela BR-226, desabou no dia 22 de dezembro, causando a morte de 11 pessoas, com seis ainda desaparecidas, segundo a Marinha do Brasil. As buscas seguem intensas, com apoio de mergulhadores, drones, sonares e robôs subaquáticos. A profundidade do Rio Tocantins, que chega a 48 metros, e os escombros complicam as operações.
Vítimas identificadas
Entre as vítimas já localizadas estão:
Lorena Ribeiro Rodrigues, 25 anos – moradora de Aguiarnópolis, natural de Estreito.
Lorranny Sidrone de Jesus, 11 anos – estava em um caminhão de transporte de portas.
Kecio Francisco Santos Lopes, 42 anos – motorista de caminhão de defensivos agrícolas.
Andreia Maria de Souza, 45 anos – motorista de caminhão com ácido sulfúrico.
Outros corpos encontrados incluem Anisio Padilha Soares (43 anos), Silvana dos Santos Rocha Soares (53 anos), e o vereador Ailson Gomes Carneiro (57 anos), entre outros.
O desabamento interrompeu uma das principais vias de ligação entre o Maranhão e o Tocantins, impactando o transporte de cargas e a mobilidade da população local. Com a retomada parcial das travessias, espera-se aliviar o transtorno causado à região enquanto soluções definitivas, como a reconstrução da ponte, são planejadas.
Autoridades locais e federais continuam investigando as causas do acidente e buscando medidas para evitar tragédias semelhantes no futuro.