TIMON – A história política de Timon, no Maranhão, registrou duas ocasiões marcantes em que a população decidiu não reeleger seus governantes, Chico Leitoa e Dinair Veloso. Em 2004, Chico Leitoa, que havia vencido com ampla vantagem em 2000, viu seu apoio minguar, sendo derrotado por Socorro Waquim após meses de atrasos nos pagamentos dos servidores municipais. Já em 2024, Dinair Veloso, herdeira política do grupo Leitoa e substituta de Luciano Leitoa, também falhou em conquistar um segundo mandato, enfrentando críticas por problemas de gestão que deixaram a cidade em situação precária.
Dinair Veloso assumiu a prefeitura em 2020, em um contexto eleitoral atípico devido à pandemia de COVID-19, com uma vitória apertada de apenas 375 votos sobre o Comandante Schnneyder. A falta de grandes eventos de campanha e a pandemia criaram um ambiente inusitado, mas mesmo assim, a oposição já demonstrava um crescente descontentamento com o grupo Leitoa, que governava a cidade há anos.
Avançando quatro anos, a insatisfação dos moradores de Timon cresceu. Problemas como a falta de transporte público, o colapso da saúde pública e o abandono de várias áreas da cidade marcaram a gestão de Dinair. Esse contexto abriu espaço para que Rafael, um deputado estadual e figura de destaque da oposição, reunisse apoio e vencesse as eleições de 2024. Dinair, já rejeitada anteriormente, se tornou a segunda representante do grupo Leitoa a não conseguir a reeleição.
A derrota de Chico Leitoa e Dinair Veloso marca um raro momento na história recente de Timon, onde a população decidiu não dar uma segunda chance a seus gestores. Para muitos, isso reflete o cansaço com as promessas não cumpridas e a frustração com administrações que deixaram a desejar em questões básicas para a cidade. O eleitorado timonense demonstrou, mais uma vez, que sabe exercer seu poder de decisão, buscando alternativas para superar as falhas nas gestões passadas.
Com Rafael à frente da prefeitura, a expectativa agora é por uma nova era de mudanças em Timon, com o desafio de reconstruir áreas críticas e atender as demandas da população. Enquanto isso, a história de Chico e Dinair fica como um alerta de que, em Timon, gestores que não correspondem às expectativas do povo podem ser rapidamente substituídos.