Um adolescente e um homem encapuzados invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP) e abriram fogo contra alunos e funcionárias. Eles mataram sete pessoas, sendo cinco alunos, uma inspetora e uma coordenadora pedagógica do colégio. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou.
Pouco antes do massacre, a dupla havia atirado contra o proprietário de uma loja da região, que morreu horas depois. Outras 11 pessoas estão internadas.
Os assassinos – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 – eram ex-alunos do colégio. A polícia diz que os dois tinham um “pacto” segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.
Ainda não se sabe a motivação do crime. Foram feitas buscas na casa dos assassinos, e a polícia recolheu pertences dos dois.
Os mortos são:
- Caio Oliveira, 15 anos, estudante
- Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos, estudante
- Douglas Murilo Celestino, 16 anos, estudante
- Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, agente de organização escolar
- Jorge Antonio de Moraes, 51 anos, comerciante, morto antes da entrada dos assassinos na escola; ele é tio de Guilherme, um dos assassinos
- Kaio Lucas da Costa Limeira, 15 anos, estudante
- Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, coordenadora pedagógica
- Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos, estudante
Os feridos são:
- Adna Isabella Bezerra de Paula, 16 anos, estudante
- Anderson Carrilho de Brito, 15 anos, estudante
- Beatriz Gonçalves Fernandes, 15 anos, estudante
- Guilherme Ramos do Amaral, 14 anos, estudante
- Jenifer Silva Cavalcanti
- José Vitor Ramos Lemos, estudante
- Leonardo Martinez Santos
- Leonardo Vinicius Santa Rosa, 20 anos
- Leticia de Melo Nunes
- Murilo Gomes Louro Benite, 15 anos, estudante
- Samuel Silva Felix
O Ministério Público de São Paulo informou, na noite desta quarta-feira (13), que vai investigar em que circunstâncias ocorreram as dez mortes do massacre em Suzano. O trabalho será realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O objetivo é apurar a possível existência de organização criminosa que tenha colaborado para “eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios“, diz o órgão. O termo terrorismo doméstico é usado para definir atentados terroristas cometidos por cidadãos contra o seu próprio povo ou governo.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi instaurado nesta quarta-feira (13). Mais cedo, o promotor Rafael Ribeiro do Val já tinha sido designado pelo procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, para acompanhar o caso.
Por G1 SP