Estreito (MA) – Em coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (23), o ministro dos Transportes, Renan Filho, acompanhado dos governadores Carlos Brandão (Maranhão) e Wanderlei Barbosa (Tocantins), anunciou um investimento federal de até R$ 150 milhões para a reconstrução da ponte Juscelino Kubitschek, que desabou parcialmente no último domingo (22). A estrutura é uma importante ligação entre os dois estados pela rodovia BR-010.
Após uma vistoria técnica no local do acidente, o ministro afirmou que as obras terão prioridade máxima. “Com a situação de emergência decretada, estamos agilizando os processos de contratação. A ordem de serviço será emitida no início de 2025, com previsão de conclusão ainda no mesmo ano”, declarou Renan Filho.
Além de garantir a reconstrução, as autoridades reforçaram o apoio às famílias das vítimas e destacaram o trabalho das equipes de resgate e segurança. O governador do Maranhão, Carlos Brandão, expressou solidariedade às famílias afetadas e ressaltou a cooperação entre os dois estados para minimizar os impactos da tragédia.
Medidas emergenciais e impactos
Desde o incidente, equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil, além de técnicos da Defesa Civil, têm trabalhado na busca por desaparecidos e na contenção de danos. O colapso da ponte também gerou impactos no abastecimento de água em Imperatriz (MA), onde a Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) precisou interromper parcialmente o fornecimento.
O gerente regional da Caema, Pinheiro Júnior, informou que os poços da cidade continuam operando normalmente, garantindo o abastecimento em parte do município. “A área mais afetada foi o centro de Imperatriz, mas estamos monitorando para minimizar os transtornos à população”, explicou.
Risco ambiental
Outra preocupação é o impacto ambiental, uma vez que três caminhões caíram no Rio Tocantins durante o acidente, dois deles transportando ácido sulfúrico e um com pesticidas. A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) monitoram possíveis vazamentos para evitar maiores danos.
A Sema orientou que a população evite o uso da água e banhos no rio até que os riscos sejam completamente avaliados. “Estamos acompanhando as ações das empresas responsáveis pelas cargas e articulando medidas para mitigação de danos”, informou a secretaria.
O Governo do Maranhão segue mobilizado para garantir suporte às operações e assistência aos afetados, reforçando o compromisso com a segurança e o bem-estar da população.