Não é novidade que a população maranhense vem sofrendo constantes desmontes em suas vidas, e esse quadro vem sendo desenhado desde o primeiro ano do mandato do (des)governador comunista/socialista Flávio Dino – PSB em conluio com seu fiel escudeiro Márcio Jerry – PCdoB.
E não se pode colocar a culpa na pandemia por essa onda de miséria no nosso estado, pois em 2016 e 2017 o número de pessoas vivendo em extrema pobreza havia aumentado 48%, e Dino fechou seu primeiro mandato em 2018 como um dos piores governadores do Nordeste.
Atualmente para mascarar tudo isso, Dino, como todo político que tem em seu escopo o espectro da Política Coronelista, que faz o povo sofrer em suas mãos e depois os mantêm refém de suas migalhas, tem doado cestas básicas, vale-gás e diminuiu o valor da refeição dos restaurantes populares para R$ 1,00, mas nada disso adianta, o que a população merece como qualidade de vida de verdade é um governo que melhore a economia e a oferta de empregos, pois uma renda que atenda às necessidades básicas influencia diretamente nesses índices.
Flávio Dino que não pode mais concorrer à reeleição ao Palácio dos Leões, vai tentar disputar a única vaga ao senado em 2022, porém tem saído cada vez mais desgastado, afinal não conseguiu cumprir as ,professas que fez em 2014, que era combater a pobreza e aumento da renda, mas se empenhou em fazer o contrário, lutando para tirar o poder de compra dos maranhenses e aumentando os impostos.
Uma coisa é fato, nas próximas eleições é imprescindível que Flávio Dino seja expurgado da política, não se pode votar em um político que deixou o estado em uma situação econômica comparada a países em situação de pós-guerra e usa a imagem de “bom moço” por dar cestas básicas, sobretudo em ocasiões especiais como o Natal.
Confira o texto do sociólogo Paulo Romão, que também é pré-candidato ao Senado pelo Partido dos Trabalhadores – PT sobre a troca de cestas básicas por votos:
A fome e as cestas básicas na troca por votos no Maranhão
Dezembro chegou
O espírito natalino floresce nos corações humanos sob os ensinamentos do Cristo Jesus e muita gente boa tem promovido ações solidárias de distribuição de cestas básicas, tão fundamentais para a sobrevivência das pessoas pobres nesses tristes tempos de pandemia de coronavírus, em que o desemprego, a fome e a desesperança são presenças incômodas.
Mas nem tudo é ato de solidariedade em si, a sociedade precisa estar atenta e forte para combater o uso do dinheiro público para comprar mandatos tendo a fome como arma política de perpetuação do padrão fisiológico de fazer política que asfixia todo mundo.
Há muito cálculo político para as eleições de 2022, e usando a fome das pessoas como palanque para a disputa do governo do Maranhão, do Senado Federal e vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.
Muitos agentes públicos tem adquirido toneladas de cestas básicas e com dinheiro público, na intenção de promover conteúdo para as redes sociais de suas pré-candidaturas.
Preliminarmente, não sou contra a distribuição de cestas básicas em nenhuma hipótese.
Eu faço doações de cestas básicas também. As pessoas que me cercam também passam fome, e a gente precisa ajudar sempre a superar o estado de vulnerabilidade social em que o povo brasileiro está submetido nesta quadra histórica.
Eu só não consigo fotografar a felicidade de quem tem sua fome matada por nosso respeito à vida e por nossa compreensão histórica da necessidade de termos condições mais dignas de sobrevivência neste Maranhão de meu Deus.
Eu não consigo respeitar que a única motivação de tanta ‘bondade‘ com dinheiro público para matar a fome das pessoas seja manter o apoio eleitoral delas, montar ‘base política‘ para garantir um cargo público.
O rosto de felicidade de quem tem sua fome remediada por alguns dias ao receber uma cesta básica ou mesmo 1 kg de peixe, só não consegue ser maior que a cara de satisfação dos políticos tradicionais, ao entregar as benesses pretensamente solidárias e garantir boas fotos para suas redes sociais, e reforçar o discurso de ‘preocupação‘ com a fome das pessoas e de olhos firmes para as eleições em 2022.
Neste ano tão difícil para a vida, os efeitos da pandemia ampliaram as desigualdades sociais clássicas, o desemprego corre solto e não encontra planejamento estatal para controlá-lo.
A fome é um indesejável parente distante que voltou para os lares maranhenses e não tem data para ir embora.
Até aqui, não se viu nenhuma iniciativa pública em quaisquer dos níveis federativos para garantir inclusão e autonomia produtiva das pessoas que já estavam desempregadas antes da pandemia, ou mesmo para as que perderam seus empregos com o fechamento abrupto das atividades comerciais.
Mais uma vez, diversos setores da sociedade civil mostram força ao nos lembrar da necessidade de termos uma política nacional de segurança alimentar para os mais necessitados, e garantir um Natal sem Fome.
Inúmeras entidades dos movimentos sociais tem feito um enorme esforço de arrecadação de alimentos, e as igrejas tem desempenhado um papel vital e fundamental no enfrentamento à fome.
As pessoas organizam bazar, ‘rifas de PIX ‘, sorteios e bingos solidários para arrecadar dinheiro e garantir a sobrevivência.
Mas os agentes políticos tradicionais só atuam nos limites dos seus interesses eleitorais para garantir a rede clientelista de favores pessoais, na busca pelo voto em vez de atuar para gerar trabalho, emprego e renda.
A fome maltrata as famílias pobres do Maranhão. O desmonte da rede de proteção social aos mais necessitados é um grave crime contra a economia popular.
As pessoas precisam se manter em pé para seguir lutando, e eles que comem bem todos os dias, precisam lembrar que o povo não quer estar na fila do osso, tão pouco receber somente cestas básicas porque a ‘precisão da fome‘ é maior e eles (políticos) precisam do voto.
O criminoso fim do Bolsa Família é também o desmonte da rede de comércio local que sustenta a economia dos municípios brasileiros .
A sociedade perde um importante ciclo de desenvolvimento econômico que gera e movimenta a renda em todo o Brasil, sobretudo nas cidades que dependem exclusivamente do Fundo de Participação dos Municípios.
O reflexo imediato local e igualmente perverso do fim desta premiada política de transferência de renda é também o desmonte da rede varejista de pequenos comércios que vendem ‘fiado ‘ para as pessoas, aguardando o pagamento do Bolsa Família.
A fome das pessoas precisa preocupar verdadeiramente a sociedade, e o cálculo não pode ser político.
Opinião de Paulo Romão
Sociólogo
Pré-candidato ao Senado Federal pelo PT/MA