O término da greve dos rodoviários que deixou a Grande São Luís sem ônibus parece ter incomodado aqueles que se opõem à gestão do prefeito Eduardo Braide (Podemos) e ao meu ver torciam para que ela se arrastasse por muito mais tempo e continuasse prejudicando aqueles que verdadeiramente dependem do transporte públicos.
A greve dos rodoviários foi justa, pois somente quem está sofrendo na pele o arrocho salarial sabe que não dava mais para deixar as coisas como estavam e não vi os mesmos críticos “gritarem” contra a defasagem salarial da categoria.
Com a alta quase que diária nos preços dos combustíveis, o reajuste de tarifas era inevitável para solucionar o impasse, mas o prefeito Eduardo Braide logo se antecipou e disse que não daria nenhum reajuste. Muitos diziam que Braide havia se precipitado ao anunciar que não daria o aumento.
Bom, sem o reajuste, a única alternativa era o subsídio e que acabou se confirmando e isso foi o suficiente para novas críticas à gestão de Braide, alegando que isso apenas significa o adiamento de um possível reajuste no início do ano que vem quando ocorre a data-base dos rodoviários.
Mas qual a saída dos críticos para a greve sem reajuste e o subsídio? Será que deixar a cidade sem transporte público seria a solução mesmo?
Agora, a nova discussão diz respeito ao tempo de duração da greve. Se esta foi ou não a maior greve (12 dias) acho que pouco interessa aos usuários do transporte público. Se as greves nas gestões de João Castelo e Edivaldo Holanda Júnior, duraram, respectivamente 17 e 16 de, também pouco importa neste momento.
O que importa é que a greve acabou e isso verdadeiramente incomoda aqueles que estavam curtindo e torcendo para que o movimento continuidade por conta de disputas políticas em detrimento à necessidade de ir e vir dos usuários.
Fica claro que esse pessoal queria mesmo é que a greve continuasse e que a conta fosse paga imediatamente pela população com o reajuste para que pudessem faturar politicamente com críticas.
Apenas isso…
Por Zeca Soares