Nesta terça-feira (21), a Organização Mundial da Saúde (OMS) selecionou o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) como centro responsável para o desenvolvimento e produção de vacinas com tecnologia de RNA mensageiro na América Latina.
Sendo assim, as vacinas de RNA mensageiro são o novo tipo de imunizante baseado em estudo para proteger pessoas de doenças infecciosas. De acordo com a Fiocruz, a escolha de Bio-Manguinhos foi em função dos “promissores avanços no desenvolvimento tecnológico de uma vacina de mRNA contra a covid-19, atualmente em estágio pré-clínico”.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, disse que essa tecnologia vem para agregar ao adenovírus, utilizada na vacina Fiocruz/AstraZeneca para a Covid-19: “Com esse projeto e o apoio da OMS, estamos reafirmando nosso compromisso com a ciência e a tecnologia a serviço da população”
Para Nísia, o desenvolvimento de uma vacina da Fiocruz de mRNA é um passo para que o Brasil tenha o domínio tecnológico de duas plataformas para o avanço no desenvolvimento de imunobiológicos. Além disso, ela acrescentou que é cedo para falar de datas e cronograma.
O processo da OMS foi lançado em abril deste ano para ampliar a capacidade de produção e o acesso às vacinas contra a Covid-19 nas Américas. Desta forma, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), organização colocará à disposição da Fiocruz uma equipe de especialistas internacionais com experiência nos diferentes aspectos de desenvolvimento e produção de vacinas dessa natureza.
A vacina de Bio-Manguinhos se baseia na tecnologia de RNA auto-replicativo e tambémexpressa não somente a proteína Spike (usada pelo coronavírus para entrar nas células), mas também a proteína N (proteína do nucleocapsídeo, encontrada apenas no interior da partícula viral), paramelhor resposta imunológica.
Fonte: Agência Brasil