O Maranhão vive um problema econômico muito sério nos últimos anos, porém não foi sempre assim. De acordo com números do IBGE, o PIB do estado cresceu 15,3% entre 2010 e 2011, no período em que Roseana Sarney – MDB era governadora, esses números eram acima do crescimento do Brasil no mesmo período, que foi de 2,7%.
E em 2012 a pobreza extrema havia sido reduzida de 22% para 12% segundo o PNAD. E segundo os dados da FGV de 2021, a unidade da federação com o maior índice de pobreza é o Maranhão, com 58%
Até estados como Tocantins e Piauí que sempre figuravam as últimas colocações com o Maranhão, foram os únicos que tiveram uma diminuição no seu índice de pobreza.
Capital do estado, São Luís é uma cidade turística, com muitas praias. O palácio do governo, um prédio imponente que fica à beira-mar, de lá mesmo se tem uma visão privilegiada das desigualdades da cidade.
Proporcionalmente à população, em nenhum estado do Brasil morrem mais crianças do que no Maranhão. A média é quase o dobro da nacional. E quem vive aqui, vive menos. O Maranhão é o único estado aonde a expectativa de vida não chega aos 70 anos. A média brasileira é de quase 75 anos.
Nas regiões mais pobres do interior, o abastecimento de água é insuficiente, e muitas pessoas sofrem com a falta de saneamento básico, o que acaba gerando diversas doenças por conta do esgoto a céu aberto ou por falta de fossa séptica em casa.
Metade da população não tem água tratada em casa. Quase 90% não tem esgoto. É muito comum ver hospitais lotados e crianças com problemas renais ou estomacais por causa de infecções devido o consumo de água não tratada. E isso se agrava ainda mais em povos minoritários como Quilombolas e Indígenas.
O Maranhão chegou a figurar em outros momentos boas colocações no ranking dos estados mais ricos do país, porém, o que temos visto atualmente é a riqueza se concentrando nas mãos de poucos.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas – FGV, estas questões que estão diretamente ligadas a políticas públicas, e que deveriam estar sendo oferecidas para os cidadãos, as quais vão desde atendimento médico, atendimento em hospital, a infraestrutura, saneamento, tem sido insuficientes por parte do governo do estado.
As desigualdades no estado se refletem também nas estatísticas sobre segurança. O Maranhão tem a pior relação de policiais militares por habitantes.
Uma das intervenções muito importantes a serem realizadas é a construção de estradas ligando o interior do estado, o que facilitará o acesso a produtos e à saúde, além de melhorar a economia, com escoamento mais rápido da produção.
Com mais investimentos, mais oportunidades de emprego e renda serão gerados para os maranhenses, e consequentemente fará com que a qualidade de vida da população cresça.
Esse vai ser o principal desafio de quem vencer a eleição para o Palácio dos Leões esse ano: tirar o Maranhão dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) que nos encontramos atualmente.