Na sessão plenária desta terça-feira (12), o vereador Estevão Aragão repercutiu a visita, na última sexta-feira (8), ao Hospital da Criança, onde constatou, mais uma vez, obras paralisadas e acúmulo de lixo no entorno.
“A situação continua a mesma de quando estive na unidade há um ano. Inclusive, na audiência pública com o secretário de Saúde, Lula Fylho, relatei as más condições, mas ele negou. Pois fui novamente e não vi operário algum e muito menos sinal de construção”, relatou.
Estevão tratou ainda da ação movida pelo Ministério Público e Defensoria Pública do Estado contra a Prefeitura de São Luís, pedindo à Justiça a suspensão de verbas para festividades e publicidades e, em contrapartida, a priorização de recursos financeiros para políticas de saúde no Hospital da Criança, onde foram detectadas várias irregularidades, como a falta de medicamentos e de água potável.
Segundo a análise dos defensores à frente da causa, enquanto a Prefeitura alega falta de recurso para manter o pleno funcionamento do hospital, os gastos com áreas não prioritárias, como Carnaval e São João, só aumentam. Este ano, por exemplo, o orçamento da Cultura subiu R$ 10 milhões em relação a 2018.
Para o vereador, o posicionamento do MP confirma as denúncias que tem feito ao longo dos últimos anos. “Parabenizo o Ministério Público e a Defensoria pela atitude que ratifica e dá razão à minha luta. Como sempre afirmei aqui, não é problema de recurso, é problema de gestão”, enfatizou.
CPI DA SAÚDE
Em seguida, Estevão Aragão lembrou da CPI, proposta por ele ano passado, para investigar o número de servidores lotados na Secretaria Municipal da Saúde. “Faço um apelo aos vereadores para assinarem a CPI, que continua aberta para fazermos uma investigação profunda. Existem recursos que poderiam ser usados com mais eficiência. Convido meus colegas a se irmanarem nessa luta”, disse.
Ao finalizar, o parlamentar disse que se a Comissão Parlamentar de Inquérito não prosseguir, entrará com uma representação no Ministério Público com as informações levantadas para que se inicie uma investigação sobre a lotação da folha na Semus.
FONTE: Diego Emir.