Estreito (MA) – O Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica orientando a população sobre os possíveis riscos à saúde decorrentes da queda de caminhões carregados com produtos químicos no Rio Tocantins. O acidente ocorreu há mais de um mês, quando a Ponte Juscelino Kubitschek, que ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA), desabou, levando ao fundo do rio cargas de agrotóxicos e ácido sulfúrico.
Apesar de não haver confirmação de contaminação até o momento, as autoridades alertam para a necessidade de vigilância contínua, dado o risco de vazamento dos materiais químicos. Equipes técnicas monitoram a qualidade da água e avaliam possíveis impactos na saúde da população e no meio ambiente.
O Rio Tocantins é fundamental para a subsistência de comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas, além de abastecer moradores da região. Qualquer contaminação pode comprometer não apenas o consumo de água, mas também a pesca e outras atividades essenciais.
Representantes dos setores de saúde do Maranhão e do Tocantins realizam reuniões semanais para acompanhar a situação. O Ministério da Saúde mobilizou suas secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente, Atenção Especializada em Saúde, Saúde Indígena e Atenção Primária à Saúde para elaborar estratégias de mitigação de riscos.
Recomendações para a população e profissionais de saúde
Enquanto os resíduos químicos permanecerem no rio, o ministério orienta que a população:
- Evite qualquer contato com a água do Rio Tocantins;
- Não utilize a água para consumo ou lazer até nova avaliação das autoridades;
- Fique atento aos comunicados oficiais sobre a segurança na região;
- Busque atendimento médico imediato em caso de contato com a água contaminada.
Já para os profissionais de saúde, a recomendação é monitorar possíveis casos de intoxicação, observando sintomas como irritação na pele e olhos, dificuldades respiratórias, náuseas, vômito e alterações neurológicas. Além disso, devem avaliar os riscos ambientais e emitir alertas sobre a restrição do uso da água nas áreas afetadas.
O governo reforça que a comunicação de risco será intensificada, utilizando canais como grupos de WhatsApp de agentes comunitários de saúde e lideranças locais para manter a população informada.
O Ministério da Saúde garante que o monitoramento do caso continuará sendo feito de forma rigorosa e reforça o compromisso em agir preventivamente para evitar impactos à saúde pública e ao meio ambiente. A pasta também trabalha em conjunto com órgãos ambientais e sanitários para avaliar a necessidade de medidas emergenciais.
A orientação é que qualquer sintoma ou suspeita de exposição aos produtos químicos seja reportada imediatamente aos serviços de saúde locais.