Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde anunciou a distribuição de 183,9 litros de fumacê para os estados brasileiros, como parte dos esforços contínuos no combate ao mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya, o Aedes aegypti.
O fumacê, conhecido por muitos como o “carro do fumacê”, é um inseticida utilizado para eliminar os mosquitos adultos em áreas onde há um alto índice de infestação. Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, o fumacê é uma medida adicional no combate ao mosquito, porém não é o método ideal. Ela ressalta a importância da eliminação dos criadouros como principal estratégia de prevenção.
“Quando usamos o fumacê, quer dizer que a estratégia de prevenção não foi suficiente, pois estamos combatendo o mosquito adulto. Temos que focar no uso de larvicidas para impedir que o mosquito nasça”, afirma Ethel Maciel.
O fumacê é composto por uma combinação de duas moléculas (Praletrina + Imidacloprida) e solventes, sendo aplicado em forma de nebulização. Seu modo de ação afeta o sistema nervoso dos mosquitos, levando à sua morte após o contato com o produto.
Apesar de ser uma medida eficaz para reduzir a população de mosquitos adultos, especialistas alertam para a importância de não depender exclusivamente do fumacê. É crucial que a população e os órgãos de saúde pública continuem ações de eliminação de criadouros, como a remoção de recipientes que possam acumular água parada, desobstrução de calhas, lajes e ralos.
A aplicação do fumacê é recomendada apenas em situações excepcionais, como surtos ou epidemias, e deve ser combinada com outras estratégias de controle. Abrir portas e janelas durante a passagem do veículo do fumacê também é essencial para garantir que o inseticida atinja os locais onde os mosquitos se abrigam.
É fundamental ressaltar que os inseticidas utilizados são previamente aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), garantindo a segurança da população.
Embora o fumacê possa contribuir para o controle da proliferação do mosquito da dengue, seu uso deve ser complementar a outras medidas preventivas, visando a redução dos casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.