No estado do Maranhão, a preocupação com a propagação das doenças transmitidas por mosquitos está em evidência, com o registro da segunda morte causada pela dengue e a primeira por Chikungunya no ano de 2024. De acordo com o Informe Semanal do Programa Estadual de Controle de Arboviroses, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), as vítimas foram identificadas nos municípios de Lago Verde e Caxias, respectivamente.
Os números alarmantes revelam que o Maranhão já confirmou 1.505 casos de dengue em 99 municípios e 68 casos de Chikungunya, conforme o último boletim epidemiológico. Além disso, há 3.609 casos suspeitos de dengue em análise, distribuídos em 165 municípios. Este cenário reflete um aumento significativo de 89% na incidência de casos de dengue em comparação com o mesmo período do ano anterior.
As autoridades de saúde estão investigando nove mortes suspeitas de terem sido causadas pela dengue, em diversos municípios, incluindo Carutapera, Itapecuru-Mirim, Raposa, São João do Paraíso, Pinheiro, São João dos Patos, São Luís e Santa Luzia do Paruá.
A SES emitiu uma nota confirmando o segundo óbito relacionado à dengue, ocorrido em 8 de março, que envolveu um paciente residente em Lago Verde, de 23 anos, portador de anemia falciforme. O paciente apresentou sintomas no dia 2 de março, sendo internado no Hospital Geral de Bacabal em estado grave, e veio a óbito no dia seguinte. O resultado do exame de isolamento viral de arboviroses RT PCR confirmou positivo para dengue, com a sorotipagem revelando dengue tipo 2.
Em meio a essa situação crítica, a SES intensificou as medidas de prevenção e orientação, em conformidade com as diretrizes do Ministério da Saúde. A vacinação, atualmente destinada a pessoas de 10 a 14 anos de idade, tem sido uma das estratégias adotadas. Até o momento, São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara foram contemplados com doses da vacina, com mais de nove mil doses já aplicadas.
Neste contexto preocupante, o Maranhão registra não apenas a segunda morte por dengue, mas também a primeira por Chikungunya em 2024, reforçando a necessidade urgente de medidas eficazes de combate e prevenção contra essas arboviroses.