Às vésperas da decisão definitiva de quem será o escolhido para ser o candidato pelo grupo governista à sucessão para o comando do Palácio dos Leões no dia 31 desse mês, as coisas ainda continuam conturbadas para o (des)governador Flávio Dino – PSB. Ele que tentou de todas as maneiras aglutinar políticos e líderes partidários para apoiarem a sua “escolha pessoal” – vulgo Carlos Brandão – o vice-governador tucano.
Dino não tem quase nenhuma qualidade como governador… mas, definitivamente no que se trata de consolidar a sua base política, peca com erros crassos, e mais afasta os aliados do que os une.
O secretário de comunicação que tem papel primordial em qualquer governo, na gestão dinista tem jogado contra eles próprios. Não sabemos se os ataques diários por parte de Ricardo Capelli tem sido orientação de Flávio Dino, mas geraram uma gigantesca indisposição com a senadora Eliziane Gama – Cidadania e o deputado federal André Fufuca – PP, como tantos outros políticos da base palaciana.
O senador Weverton Rocha – PDT é o pré-candidato que está com a melhor posição nas pesquisas desde o ano passado, e atualmente tem o apoio de DEM, PDT, PP, PRB, PSL, Rede e da presidente do Cidadania, Eliziane Gama; além disso, conta com a força dos presidentes da Assembleia Legislativa Othelino Neto – PCdoB, do presidente da Famem, Erlânio Xavier – PDT, e do presidente da Câmara Municipal, Osmar Filho – PDT, e diversos prefeitos, vice-prefeitos dos principais colégios eleitorais. E mesmo com todas as investidas de Dino para coopta-los, nenhum deles tem a intenção de deixar de apoiar Weverton para ficar ao lado de Brandão.
Dino tem adotado uma estratégia de enrolar Brandão o máximo de tempo possível, dando um “migué” para que o alicerce de sua base eleitoral não rache de uma só vez, vislumbrando a sua candidatura à câmara senatorial.
Assim que Dino escolheu por Brandão em detrimento de outro candidato com chances reais de se eleger, parece que entrou no antigo quadro do Programa do Faustão ‘Se Vira Nos 30’, e tem precisado criar diversos subterfúgios para empurrar o tucano com a “barriga”, como a (mal ou bem) dita Carta Compromisso, depois quis jogar a responsabilidade da escolha para os partidos, e depois inventou uma história de consenso.
Para terminar de colocar lenha nessa fogueira, hoje (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – PT em vídeo divulgado nas redes sociais e blogs, descartou completamente o apoio da sua legenda a Carlos Brandão. Lula citou as alianças dos petistas no Rio de Janeiro, com Marcelo Freixo – PSB, e no Maranhão, com Flávio Dino, também do partido socialista, mas fez questão de deixar claro:
– Agora, o Flávio Dino tem um candidato, o vice-governador, que é do PSDB. Fica difícil pra gente apoiar o PSDB. E temos lá o Weverton; e eles vão ter que se acertar – disse o ex-presidente.
(Vídeo do Lula)
Lula foi até cordial e diplomático em sua fala, como você pode perceber no vídeo, já que Flávio Dino, mesmo após o petista que está em primeiro lugar em todas as pesquisas para presidente, ter dito a ele da última vez que esteve na capital maranhense, que nunca iria subir no palanque se Brandão fosse o candidato a governador de Dino, pois o tucano outrora o atacava e apoiava o golpe do impeachment de Dilma Rousseff.
E parece que nem vai adiantar mais o governador tentar filiar o tucano no ninho dos pombos, pois o próprio Brandão não quer deixar suas crias, que são o PSDB e o controle do Cidadania.
Faltando 70 dias para Brandão sair da cadeira de vice para sentar na cadeira de governador, não vai ter muito o que fazer até a eleição, haja vista que não é bem quisto pelos políticos e muito menos pela população maranhense…