O juiz Douglas Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, deu, nesta terça-feira (02), prazo de 72 horas para o Governo do Estado apresentar um plano de ação para conter a nova onda de coronavírus. A decisão foi uma resposta ao pedido da Defensoria Pública do Estado para que seja decretado um lockdown pelo período de 14 dias, haja vista o risco de haver um colapso na rede hospitalar pública.
Antes de receber a intimação do juiz para apresentar seus esclarecimentos, o governador Flávio Dino se antecipou na resposta e descartou qualquer possibilidade de uma nova medida extrema para enfrentamento da doença.
“Finalizei agora reunião do Comitê Científico que nos assessora quanto ao coronavírus. Constatamos crescimento de casos. Definimos medidas relativas a ampliação de leitos e outras providências. Mas, sublinho, não cogitamos de novo Lockdown, neste momento, escreveu o governador em sua página no Facebook.
Numa entrevista à TV Mirante na noite desta terça, o juiz Douglas Martins disse que logo após receber o pedido da Defensoria, dezenas de pessoas se manifestaram contra a decretação do lockdown, mas ele diz que essas pessoas, principalmente comerciantes amedrontados com riscos de suspensão de suas atividades, precisam dizer o que estão fazendo para evitar a transmissão do vírus.
“Você está permitindo cliente sem máscara dentro do seu estabelecimento? Você está participando de aglomeração?”, quis saber o magistrado dos que lhe enviaram mensagem pedindo para evitar a suspensão das atividades econômicas.
Douglas Martins disse que o momento exige diálogo, pois ninguém pretende prejudicar a economia, ameaçar empregos, porém alertou que não tolerará cenas de pessoas em filas de hospitais sem poder entrar devido a superlotação.
Por Aquiles Emir