A Alcoa Corporation anunciou nesta segunda-feira (20), que planeja reiniciar sua capacidade de produção de 268 mil toneladas métricas de alumínio por ano na Alumar, a qual está suspensa desde 2015. A retomada envolverá a contratação de mais de 750 colaboradores diretos, além de gerar 1.500 empregos indiretos na região.
O investimento será de cerca de R$ 400 milhões. O processo para retomar a capacidade ociosa começará imediatamente. A entrega do primeiro lingote de alumínio está prevista para o segundo trimestre de 2022 e a capacidade total de produção no quarto trimestre.
A notícia aparentemente muito boa, afinal vai gerar novos empregos e movimentar a nossa econômica estadual, ainda mais na nossa conjuntura atual em que vivemos por conta da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), que obrigou o distanciamento social e o fechamento das principais atividades econômicas, afetando o emprego da esmagadora maioria das famílias brasileiras. Porém, é preciso alertar aos riscos que a volta, digamos assim, tão repentina pode acarretar.
O principal deles é o fato da ALUMAR ter uma lagoa de rejeitos enorme. Para se ter ideia do tamanho, ela tem quase a mesma área da Lagoa da Jansen, esse depósito de resíduos oriundos do beneficiamento de bauxita para a produção de alumínio fica próximo à BR-135.
Esse processo industrial gera uma “lama vermelha” capaz de criar vários problemas ambientais caso a barreira de contenção se rompa, pois esses resíduos estão carregados de substâncias como chumbo, mercúrio, cádmio, níquel, zinco, soda caustica e alumínio.
Além de deixar marcas irreversíveis ao solo, as pessoas que entrarem em contato com essa matéria, teriam graves prejuízos para a saúde, como problemas relacionados ao sistema nervoso. Então é necessário que haja uma fiscalização profunda pelos órgãos especializados, para que não ocorra outro crime ambiental como o da cidade de Mariana no interior de Minas Gerais como em 2015.
Outra situação que se deve atentar é que os R$ 400 milhões de investimento vem após aprovação do incentivo fiscal anunciado após o governador Flávio Dino, os secretários Simplício Araújo – SEINC e Marcellus Ribeiro – SEFAZ e a ALUMAR realinharem e revisarem todo o benefício fiscal.
Os comunistas e a esquerda maranhense em geral sempre foram contra o acordo do então governador da época João Castelo pelas isenções de 30 anos para a ALUMAR e o quanto isso seria ruim para o estado, e às vésperas do fim do mandato, Dino cria mais isenções para a multinacional. E esse tipo de incentivo fiscal, diferente do que se é pregado, não trará tanto lucro para o estado, somente para a empresa.
Em contra partida, no que tange a cobrança de ICMS sobre os combustíveis que impacta diretamente no bolso do maranhense, não somente os que possuem automóveis, mas toda a rede econômica, pois com o combustível mais caro, o preço de todos os produtos sobem, afetando em muito produtos da cesta básica por exemplo. O Maranhão é o detentor da quarta maior alíquota do ICMS no Brasil, e só em 2021, o Estado já arrecadou R$1,8 bilhão somente com o imposto dos combustíveis. Isso representa um aumento de 34% se comparado ao ano passado. Governadores de outros estados, como Rio Grande do Sul e Distrito Federal, reduziram as alíquotas do imposto justamente para reduzir o impacto na vida das pessoas.
Flávio Dino tem ido contra tudo aquilo que prometeu, e a maior de suas falácias foi ter se comprometido em governar pelos mais pobres, porém temos sido testemunhas do contrário, pois ele tem feito a velha política de atuar em prol das grandes indústrias, conglomerados, oligarquias e os mais abastados!