O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) culpou o governador Wilson Lima (PSC) pelas mortes provocadas por falta de oxigênio em hospitais e defendeu processo de impeachment contra ele, em vídeo publicado em redes sociais. Na declaração, feita nesta quinta-feira, 24, também chama a situação de “assassinato à la Hitler”.
Segundo Virgílio Neto, ao menos 28 pessoas teriam morrido asfixiadas nesta quinta só no Hospital 28 de Agosto, na capital do Amazonas. “Eu não estou vendo que falte oxigênio em nenhum outro lugar, mas falta em Manaus, falta no Amazonas”, disse o ex-prefeito, no vídeo postado no Twitter. “Eu queria dizer diretamente ao governador do Estado (Wilson Lima) que o nome disso é assassinato.”
No vídeo, Virgílio Neto também pede o afastamento de Lima do cargo. “Eu tenho impressão, governador, que do senhor basta. Do senhor basta. A assembleia precisa tomar uma atitude máscula, maiúscula, e partir claramente para o seu impeachment, o seu impedimento.”
O ex-prefeito diz, ainda, que Lima seria “o pior governador que esse Estado já teve”. “O senhor está praticando assassinato. E, pior, a assassinato à la Hilter, tipo câmara de gás, por asfixia. O pior tipo, o mais doloroso, o mais cruel, o mais perverso.”
Virgílio Neto foi prefeito de Manaus por dois mandatos consecutivos e ocupava o cargo no início da pandemia. Já na primeira onda do novo coronavírus, o sistema de saúde da capital entrou em colapso e mortos por covid-19 chegaram a ser enterrados em valas coletivas. No dia 1.º, foi substituído por David Almeida (Avante), que venceu a eleição.
Fonte: Estadão.