Em uma nova frente para combater a poluição aquática, um grupo de pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) desenvolveu um sistema inovador de purificação de água chamado BARBIE 4.0. O nome, que à primeira vista remete à famosa boneca, é na verdade um acrônimo que representa, em inglês, “Bioengineered Aquatic Pollutants Removal and Biosensing through Integrated Eco-filter” (Remoção de Poluentes Aquáticos por Bioengenharia e Biossensorização por meio de filtro Ecológico Integrado).
O projeto é resultado do trabalho colaborativo entre pesquisadores, estagiários e estudantes de pós-graduação, além da participação de alunos da Ilum Escola de Ciência, localizada em Campinas, São Paulo. O filtro BARBIE 4.0 utiliza biotecnologia avançada para remover contaminantes de ambientes aquáticos e é capaz de detectar a presença de poluentes de forma rápida e eficaz, utilizando um sistema de biossensorização integrado.
O dispositivo foi projetado para atuar em diversas frentes, ajudando a preservar os ecossistemas aquáticos e proteger fontes de água que abastecem milhões de pessoas. O uso da bioengenharia para identificar e remover compostos nocivos representa um avanço significativo em relação aos métodos tradicionais, com potencial para tornar o tratamento de águas contaminadas mais sustentável e eficiente.
Os pesquisadores do CNPEM explicam que o objetivo do BARBIE 4.0 é atuar de maneira econômica e ecológica, evitando o uso de produtos químicos que podem causar impactos ambientais negativos. Em vez disso, o filtro utiliza organismos modificados para captar e degradar substâncias tóxicas, transformando-as em compostos inofensivos. Esse avanço tecnológico coloca o Brasil em destaque na pesquisa de soluções inovadoras para a crise de poluição hídrica, e os responsáveis pelo projeto esperam que a tecnologia possa ser adotada em larga escala nos próximos anos.