A queda de cobertura vacinal foi acentuada durante a pandemia e preocupa autoridades de saúde
Hoje é comemorado o Dia Nacional da Imunização que objetiva conscientizar as pessoas sobre a importância da vacinação para a prevenção de doenças. Nesse sentido, o vereador e médico, Dr. Gutermberg Araújo (PSC), convoca a população ludovicense à vacinação, especialmente no atual período de pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
“Hoje é o dia Nacional da Imunização. É um dia muito importante, sobretudo nesse momento de dificuldade que a gente vive durante a pandemia. Assim, eu quero aqui fazer uma convocação a todas as pessoas, que não deixem de se vacinar contra a Covid”, convidou o vereador.
Covid-19 – Dados obtidos no site da Prefeitura de São Luís acerca de casos de Covid- 19 na capital maranhense informam que 40.762 foram confirmados até a manhã de terça-feira (08.06), 3.772 estão suspeitos, e 502.431 foram descartados. Também há a informação de que já houve 258.842 recuperados da Covid-19, e 2.142 óbitos causados pela doença em São Luís.
É com o intuito de promover a saúde da população, evitar que as pessoas desenvolvam a Covid-19 com gravidade e, por consequência, necessitem de leitos hospitalares ou falecem que está em andamento a vacinação contra a doença provocada pelo Sars-CoV-2 em todo o país.
Em São Luís, são nove os locais de vacinação: Drive Thru – UFMA, Drive Thru – Espaço Reserva (Shopping Da Ilha), Drive Thru – UEMA, Drive Thru – CEUMA (Renascença – Entrada Pela Via Expressa), Centro de Convenções – UFMA, Centro de Vacinação – SEBRAE, Centro de Vacinação – UNDB (Ginásio), Centro de Vacinação – UEMA e Centro de Vacinação – SENAI (BR-135). No link http://semit.saoluis.ma.gov.br/filometro/ é possível verificar a situação da fila para a vacinação em cada um dos postos.
Gripe
Outra campanha de vacinação que está em andamento na capital maranhense é contra a Influenza/H1N1, com públicos específicos divididos em três fases. A terceira fase das ações começou hoje, 9, e abrangerá, com base na preconização do Ministério da Saúde, integrantes das Forças Armadas, de segurança e de salvamento; pessoas com comorbidades, condições clínicas especiais ou com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário; trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade e adolescentes em medidas socioeducativas.
Declínio
O Dia Nacional da Imunização, que sensibiliza a população para a prevenção de doenças por meio da vacinação, se torna relevante neste ano de 2021. Com cenário de pandemia mundial, houve um declínio ainda maior na cobertura vacinal em 2020 no Brasil que, anteriormente, já registrava queda nos índices de vacinação ao longo dos anos. O médico e vereador Gutemberg Araújo (PSC), lembra a importância de tomar todas as vacinas recomendadas e oferecidas pelo sistema de saúde. “Mas também não se esqueçam das outras vacinas, que são a única forma de proteção que todos nós temos. Vamos ficar imunizados! Vamos ficar com saúde”, alertou o vereador.
Imunizações
Uma análise realizada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps), feita com base em dados do Ministério da Saúde atualizados até abril deste ano, mostra que menos da metade dos municípios brasileiros atingiu a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI) para 9 vacinas, entre elas as que protegem contra hepatites, poliomielite, tuberculose e sarampo.
A interrupção da vacinação, mesmo que por um breve período, conforme alerta a Organização Mundial de Saúde (OMS), pode aumentar a probabilidade de surtos e o número de indivíduos suscetíveis a graves doenças imunopreveníveis como sarampo, meningite, pneumonia, coqueluche, entre outras.
No Brasil, isso tem acontecido. Dados obtidos no site do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) informam que em junho de 2020 o país estava com 3.629 casos confirmados de sarampo e com surto nas cinco regiões. Segundo o Instituto, houve confirmação laboratorial de casos de infecção por sarampo em seis estados da região Nordeste, cinco da Norte e três estados em cada uma das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Já em abril deste ano, a Associação Paulista de Medicina (APM) divulgou no site institucional que “entre a semana epidemiológica de 1 a 9 de 2021, foram notificadas 557 ocorrências de sarampo no País”. Segundo a APM, os estados que estavam com a circulação ativa do vírus na época eram: Amapá, com 224 (95,3%), Pará, com 6 (2,6%) e São Paulo, com 5 (2,1%).
Sobre o sarampo, vale ressaltar que é uma doença infecciosa grave, causada por vírus, e uma das formas mais eficazes de evitar a doença e a consequente propagação dela é a vacinação da população. No Brasil, a vacina tríplice viral, eficaz contra o sarampo, é uma das mais de 10 vacinas disponibilizadas gratuitamente à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Alerta
A queda da vacinação durante a pandemia de Covid-19, no entanto, não tem afetado apenas o Brasil. Em todo o mundo, pelo menos 80 milhões de bebês e crianças correram o risco, em 2020, de contrair doenças como sarampo, difteria, rotavírus, meningite meningocócica, caxumba, poliomielite e febre amarela, dentre outras. O alerta foi dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Aliança Global de Vacinação(Gavi), em maio do ano passado.
De acordo o site do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), “a rotina de vacinação foi severamente prejudicada em pelo menos 68 países, afetando majoritariamente as crianças com idade inferior a um ano” em 2020.
O site do Instituto informa ainda que os locais com registros de interrupção – seja moderada, graves ou a suspensão total das atividades de vacinação – eram mais que a metade (53%) dos 129 países em que os dados estavam disponíveis no ano passado.
Segundo a OMS, foi a maior ruptura dos programas de imunização desde 1970, quando se iniciaram campanhas globais. No site do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) também há a informação de que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 2 e 3 milhões de mortes são evitadas por ano no mundo, por conta da vacinação.