Um dos fenômenos astronômicos mais aguardados deste século, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS), apelidado de “Cometa do Século”, fará sua máxima aproximação da Terra no dia 13 de outubro. Segundo o Observatório Nacional, o cometa estará a 70.724.459 quilômetros do nosso planeta, e sua passagem poderá ser observada em todo o Brasil.
Nos últimos meses, o cometa esteve ofuscado pelo brilho do Sol, dificultando sua observação, mas, com o avanço de outubro, ele poderá ser visto logo após o pôr do sol e também no final da madrugada, em direção ao horizonte leste.
Observação do Cometa
O pesquisador Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, explicou que, apesar da expectativa em torno da visibilidade do cometa, não é garantido que ele será visível a olho nu, devido à imprevisibilidade do brilho desses corpos celestes. “Pode ser necessário o uso de binóculos ou telescópios para observá-lo com clareza”, afirmou.
Para quem deseja tentar observar o cometa, a dica é buscar locais afastados da poluição luminosa das cidades. Entre os dias 7 e 11 de outubro, o cometa se aproximará novamente do Sol, tornando-se mais visível a partir da segunda quinzena de outubro, logo após o pôr do sol, no horizonte oeste, enquanto transita pelas constelações do Sextante, Serpente e Ofiúco.
“Talvez seja possível identificar uma mancha difusa, que pode ser melhor visualizada com o auxílio de instrumentos como binóculos ou câmeras”, comentou Monteiro. Ele também destacou a importância de escolher um local com o horizonte oeste desobstruído, já que o cometa estará baixo no céu, a até 30 graus de altura.
Nome e Origem
O apelido “Cometa do Século” foi dado ao C/2023 A3 em referência ao brilho excepcional que ele promete, comparável ao famoso cometa Hale-Bopp, que iluminou o céu em 1997. A letra “C” no nome indica que é um cometa não periódico, ou seja, sua origem está na Nuvem de Oort e ele pode demorar milhares de anos para retornar.
O sufixo Tsuchinshan-ATLAS refere-se às instituições responsáveis por sua descoberta, que ocorreu na primeira quinzena de janeiro de 2023. Esses cometas são remanescentes da formação do Sistema Solar, compostos por poeira, rochas e gelo. Conforme se aproximam do Sol, os cometas liberam gases e poeira, formando suas caudas brilhantes, característica que sempre desperta a curiosidade e o fascínio dos observadores.
A passagem do cometa C/2023 A3 é uma oportunidade única para os brasileiros observarem um evento astronômico raro. Quem estiver atento ao céu nas próximas semanas terá a chance de testemunhar um dos momentos mais marcantes da astronomia no século 21.