Tudo está correndo de acordo com o programado no ambicioso plano da China para concluir a construção de sua própria estação espacial ainda em 2022.
Enquanto os taikonautas da missão Shenzou-14 preparam o módulo central Tianhe, equipes em solo estão prosseguindo com os preparativos para o lançamento dos dois próximos módulos, Wentian e Mengtian – sendo que o primeiro deles deve decolar já no próximo domingo (24).
De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, a Agência Espacial Tripulada da China (CMSA) revelou que um foguete Longa Marcha 5B já combinado com o módulo Wentian no topo foi transferido para a área de lançamento, na província de Hainan, neste domingo (17), já manhã de segunda-feira (18) no país asiático.
Um grande braço robótico do módulo Tianhe – que significa “Harmonia dos Céus” – será responsável por agarrar e mover os módulos para a posição depois que eles se acoplarem. Com a inclusão dessas duas novas cápsulas, a estação espacial chinesa estará completa, alcançando o formato projetado em T. Ela terá 20% da massa total da Estação Espacial Internacional (ISS), com uma vida útil estimada em 10 anos, que poderá ser estendida por mais cinco anos com upgrades futuros.
Os dois novos módulos têm uma massa de mais de 20 toneladas cada e foram projetados principalmente para hospedar experimentos científicos. Wentian (expressão chinesa para “Busca pelos Céus”) vai adicionar novas escotilhas para caminhadas espaciais e um segundo braço robótico menor à estação espacial, que orbita entre 340 e 450 km acima da Terra.
“Depois que a estrutura em forma de T for formada, testaremos completamente as funções e desempenho da estação espacial como um todo. Estimamos que ela estará operacional no fim do ano”, disse Bai Linhou, vice-designer chefe de sistemas da estação espacial na Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), em uma entrevista feita em fevereiro à Televisão Central da China (CCTV).
Estação espacial da China terá lotação máxima pela primeira vez
O lançamento do módulo Mengtian (“Sonhar com os Céus”) está previsto para outubro. Juntos, os dois módulos de pesquisa vão receber cerca de mil experimentos científicos aprovados pela CMSA.
Posteriormente, a missão Shenzhou-15 levará mais três astronautas à estação, que se juntarão à tripulação Shenzhou-14, de acordo com o Conselho de Estado da República Popular da China, sendo a primeira vez que o lugar terá lotação máxima.
Segundo o site de notícias China Military Online, isso acontecerá durante cinco a dez dias, até que a tripulação de Shenzhou-14 retorne à Terra, deixando os taikonautas da missão Shenzhou-15 completando a integração dos módulos.
Fonte: Olhar Digital