Uma carga de sementes falsificadas de milho híbrido de alto rendimento foi apreendida na última sexta-feira (10), em Caxias, Maranhão. A operação foi conduzida pela Polícia Civil do Maranhão, que localizou um caminhão transportando 178 fardos do material fraudulento. O motorista, proprietário do veículo, e um ajudante foram levados à Delegacia Regional para prestar depoimentos.
Segundo o delegado regional Jair Paiva, a operação teve início no dia anterior, quinta-feira (9), com a apreensão de 35 fardos das mesmas sementes em uma residência no bairro Pampulha, em Caxias. As investigações apontam que a carga apreendida no caminhão tinha como destino final as cidades de Graça Aranha e Caxias.
De acordo com o delegado, o esquema envolve falsificadores que utilizam milho destinado à ração animal, aplicam coloração vermelha utilizando produtos como rejunte de pisos cerâmicos e, com o auxílio de gráficas, produzem embalagens idênticas às de empresas legítimas. O material é então vendido a preços abaixo do mercado, causando graves prejuízos aos agricultores, já que as sementes não germinam.
O uso de sementes falsificadas resulta em perdas significativas para os agricultores, não apenas em termos de produtividade, mas também de recursos financeiros. “Esses produtos não têm capacidade de germinação, prejudicando diretamente quem trabalha no campo. Trata-se de um golpe que afeta toda a cadeia do agronegócio”, destacou Jair Paiva.
O delegado também lembrou que o esquema foi inicialmente desmantelado em 2024 no Rio Grande do Sul, durante a “Operação Piratas do Agro”, conduzida pela Polícia Civil daquele estado. A operação revelou a abrangência da fraude, com desdobramentos em São Paulo, Minas Gerais e Bahia.
As autoridades reforçam que investigações estão em curso para identificar todos os envolvidos no esquema criminoso e desarticular completamente a rede de distribuição das sementes falsificadas. As polícias civis de diferentes estados continuam cooperando para coibir ações que comprometam o setor agrícola e a economia nacional.
Os suspeitos envolvidos no caso em Caxias podem responder por crimes como estelionato, falsificação e comercialização de produtos impróprios para o consumo.