A Defesa Civil de Buriticupu realizou uma inspeção e identificou 220 famílias que vivem nas bordas das crateras em áreas de risco precisam ser realocadas devido aos deslizamentos de terra que têm provocado a formação de crateras (voçorocas), como retratamos neste blog (clique aqui), em primeira mão, na semana passada (24). Essas famílias enfrentam perigo iminente, já que suas casas podem ser “engolidas” por abismos, como ocorreu em incidentes passados.
Nas últimas semanas, o Corpo de Bombeiros retirou cerca de 27 famílias das áreas de risco, que agora estão abrigadas em locais seguros e recebendo aluguel social.
A situação em Buriticupu é complicada, pois a Coordenadoria de Defesa Civil local não consegue atender todas as demandas da população de mais de 70 mil habitantes. Os moradores dependem de órgãos estaduais e federais para mapear áreas de risco e planejar ações preventivas, especialmente durante períodos chuvosos quando os deslizamentos se agravam. A situação das voçorocas (crateras) persiste há cerca de 30 anos, e já resultou na destruição de 50 imóveis na região.
Para abordar efetivamente o problema, é necessário um esforço conjunto entre autoridades locais, estaduais e federais.
“O principal gargalo é porque é diferente de uma enchente, no qual o rio sobe, baixa, e as pessoas voltam para casa. No caso das voçorocas, precisamos de uma nova área para remanejar as famílias e estamos esperando uma portaria no Diário Oficial da União para a gente poder ter a liberação de recursos para a construção de um novo habitacional a essas famílias”, contou João Carlos.