Pelo visto o relacionamento entre Prefeitura de São Luís e Governo do Maranhão, que já não era bom, tende a piorar, principalmente pelo fato do governador Flávio Dino seguir visivelmente incomodado com o protagonismo do prefeito da capital, Eduardo Braide, quando da imunização contra a Covid-19.
Nesta quarta-feira (16), a Prefeitura de São Luís anunciou um novo calendário de vacinação, mas ao contrário de dias anteriores, a imunização não será feita em duas idades por dia, mas apenas uma idade por dia.
A justificativa dada pela Prefeitura de São Luís, através do secretário de Saúde da capital, Joel Nunes, foi o não repasse das doses das vacinas, por parte do Governo Flávio Dino, ao município de São Luís.
Em entrevista a TV Mirante, Joel Nunes afirmou que a Prefeitura de São Luís já solicitou que o Governo Flávio Dino faça o repasse das doses de vacinas que pertencem a capital, justamente para não prejudicar a vacinação em massa.
“A determinação do prefeito Eduardo Braide é que tenhamos vacinação em massa em São Luís, mas para isso é preciso que tenhamos vacinas. Ontem já fizemos um pedido ao Governo do Estado para que sejam repassadas as vacinas que são destinadas ao município de São Luís, mas até o momento não tivemos resposta e por esse motivo mudamos o cronograma de vacinação, vacinando na quinta-feira as pessoas com 23 anos e na sexta as pessoas com 22 anos”, informou Joel Nunes.
O Governo Flávio Dino já vem sendo criticado por reter doses de vacinas por querer que o estado participe vacinando os maranhenses, não seguindo inclusive o Plano Nacional de Imunização, que define que os estados têm a competência de receber as doses adquiridas pelo Governo Federal e distribuir proporcionalmente entre os seus municípios.
No entanto, o Governo Flávio Dino, incomodado com o protagonismo da gestão de Eduardo Braide em São Luís, resolveu, mesmo sem ter direito a doses de vacinas, imunizar alguns maranhenses.
Só que enquanto a disputa não estava atrapalhando a vacinação em massa da Prefeitura de São Luís, considerada a capital brasileira da vacinação, a atitude estava sendo relevada, mas a partir do momento em que essa disputa tola por protagonismo começa a prejudicar a população da capital, a grita será geral.
Veja a explicação do secretário municipal de saúde no vídeo abaixo:
Por Jorge Aragão