O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou na noite da quarta-feira (11), o destaque da PEC da Reforma Eleitoral, que previa a adoção do sistema conhecido como ‘distritão’ para a eleição de parlamentares. A proposta havia sido aprovada na segunda-feira (9) pela comissão especial que trata sobre o tema. O destaque teve 35 votos a favor e 423 votos contra, além de 4 abstenções.
Antes da análise dos destaques, os parlamentares aprovaram por 339 votos a 123, o texto-base da proposta que promove a reforma nas regras para as eleições de deputados e vereadores. Agora, a PEC da Reforma Eleitoral irá para análise no segundo turno.
Mas, antes de determinar uma mudança profunda já para as próximas eleições, os líderes partidários resolveram dar um passo atrás, fazendo um acordo de última hora pela volta das coligações partidárias, que haviam caído em 2017. O sistema beneficia, por exemplo, acordos entre partidos para garantir tempo de propaganda nas campanhas eleitorais, abrindo espaço para os chamados “partidos de aluguel”, que existem para vender seu apoio. Vários deputados foram à tribuna para apoiar a nova proposta em nome de “um mal menor”.
No Maranhão, essa decisão conjuntural muda o jogo político, pois os caciques de partido voltam a se tornar absolutos e a sentar na mesa para negociação de mandatos. Diminuiu o medo, a tensão e a preocupação de não se eleger, porque com as coligações, é possível se ampliar a margem e garantir pelo menos a reeleição dos que já estão no poder.
Agora a renovação fica por conta da população, que na hora de escolher seu candidato, tem de excluir aqueles que votaram contra os trabalhadores e adotaram pautas populistas, aquelas de interesse das grandes empresas.