A Seleção Brasileira de atletismo paralímpico viaja na madrugada da próxima quinta-feira (31.10) para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde será disputado o Campeonato Mundial da modalidade. O evento será realizado no estádio de atletismo do Dubai Club for People of Determination, entre os dias 7 e 15 de novembro. A equipe brasileira será representada por 43 atletas nesta que é a nona edição do evento.
Em agosto, 60 competidores do atletismo participaram dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. Eles conquistaram 82 medalhas, sendo 33 de ouro, 26 de prata e 23 de bronze. Foi a segunda modalidade mais laureada na capital peruana, atrás apenas da natação. Estarão em Dubai 36 dos atletas brasileiros que competiram no Peru, 32 dos quais subiram ao pódio no evento continental.
Todas as regiões do país serão representadas neste Mundial de Atletismo. O Sudeste é o responsável pelo maior número de atletas, com 19 participantes. O Nordeste tem a segunda maior representatividade, com nove competidores, seguido pelo Norte, com oito. O Centro-Oeste (quatro) e o Sul (três) também têm sua parcela de integrantes.
“O atletismo é uma modalidade estratégica em nosso planejamento e temos uma expectativa muito boa para a nossa participação no Mundial de Dubai. Construímos ao longo deste ciclo paralímpico uma base ampla de atletas de ponta, o que nos coloca em posição de brigar por uma quantidade expressiva de medalhas. Será uma grande oportunidade para avaliarmos o trabalho e fazer os últimos ajustes antes dos Jogos de Tóquio 2020”, disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Esta é também uma das delegações mais heterogêneas em relação à faixa etária. A média de idade da equipe é de 28,6 anos. A mais experiente é a paulista Beth Gomes, 54 anos, favorita nas provas de campo da classe F52. Sua idade constrasta com a do caçula Christian Gabriel, promessa brasileira nos eventos de velocidade da classe F37 (paralisados cerebrais), de apenas 17 anos.
Dos 43 atletas, 29 são homens e 14 são mulheres. Por deficiência, a equipe brasileira é composta por 26 pessoas com limitações físicas, caso do paraibano Petrúcio Ferreira, recordista e campeão mundial dos 100m e 200m T47 (para amputados de braço). Dezesseis deficientes visuais e um deficiente intelectual também compõem o elenco. Doze atletas-guia estarão à disposição dos atletas em Dubai.
A última edição do Mundial de Atletismo foi realizada em julho de 2017, em Londres, quando o Brasil ficou no nono lugar do quadro de medalhas. A equipe nacional foi composta por 25 atletas e conquistou 21 medalhas, sendo oito de ouro, sete de prata e seis de bronze. O melhor desempenho do Brasil em um Mundiais de Atletismo Paralímpico foi em Lyon, em 2013, quando 40 medalhas foram conquistadas (16 ouros, dez pratas e 14 bronzes).
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro via Rede do Esporte