“Babado fortíssimo!” Assim podemos definir a fala do vereador Raimundo Penha (PDT), vice-líder do governo na Câmara de São Luís, durante sessão ordinária dessa terça-feira (21). Tudo começou na discussão do Requerimento 279/2019, de autoria do vereador Nato Júnior (PP), que pedia que fosse encaminhado ofício ao prefeito Edivaldo e ao secretário da Semed, Moacir Feitosa, solicitando transporte escolar para alunos da área do Sítio do Físico, Parque do Batatã, Estrada do Mamão e adjacências.
Ao debater a matéria, Penha elogiou o colega de plenário e afirmou que lamentava que na capital ainda existisse crianças sem o transporte escolar. Além disso, o pedetista também revelou que há uma semana tenta falar com o secretário, mas não vem sendo atendido.
“Quero lhe parabenizar e ao tempo que lhe parabenizo, lamento que ainda tenhamos crianças sem o transporte escolar. Vossa excelência nos pediu apoio, enquanto liderança do governo, mas, infelizmente, o secretário de Educação, pelo menos por parte da liderança do governo, não tem atendido. Tem uma semana que estou ligando para ele para marcarmos de fazermos uma visita e farei amanhã à visita ao prédio da escola Joana Batista, na Camboa, sem ele porque tentei marcar e não conseguir. Eu vou me somar a vossa excelência”, desabafou.
Sem titubear e após expor a situação vexatória, o vice-líder de o governo resolveu pedir a demissão do secretário Moacir Feitosa, da pasta da Educação. O parlamentar ainda questionou aos colegas se a melhor solução seria buscar um dialogo com o secretário ou iniciar um abaixo assinado para o prefeito substitui-lo?
“Infelizmente, eu não sei se ainda vale à pena algum tipo de dialogo com o secretário Moacir Feitosa ou se já é o caso de buscarmos um abaixo assinado para pedir, talvez, a solução para a educação de São Luís, ou seja, o prefeito mudar o secretário de educação. Então, eu me somo com vossa excelência, agora, infelizmente, eu não tenho conseguido interlocução com o secretário municipal de educação. Amanhã, aproveito para pedir apoio dos colegas, pois estarei vistoriando a escola que estava acabada. Agora, quanto ao secretário de educação, talvez eu consiga contribuir muito pouco. Parece que o secretário não consegue mais dialogar com os estudantes, professores e muito menos está Casa. Agora eu não sei se a melhor solução é irmos lá ou começarmos um abaixo assinado para o prefeito substituí-lo”, concluiu.
O discurso em tom de desabafo mostra exatamente a situação no governo Edivaldo na Câmara, onde o líder e o vice-líder demostra um desgaste latente com a base e os próprios secretários. O fim do governo começou a dá sinais que está perto do fim.