Após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Tocantins e Maranhão pela BR-226, uma força-tarefa envolvendo equipes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e a Marinha do Brasil está em andamento para identificar vítimas e buscar desaparecidos. A estrutura desabou no domingo (22), por volta das 14h50, enquanto veículos trafegavam pelo local.
Para agilizar a identificação dos corpos encontrados, foi montado um Núcleo de Medicina Legal avançado no aeroporto de Aguiarnópolis, com apoio da Prefeitura local. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o espaço conta com peritos médicos, criminais, agentes de necrotomia e papiloscopistas, organizados em duas tendas: uma para atendimento aos familiares e outra para os trabalhos técnicos.
De acordo com Hydelgardo Henrique Martins Costa, chefe do Núcleo de Medicina Legal de Tocantinópolis e responsável pela ação, a estrutura foi essencial para garantir a rapidez nos procedimentos de identificação.
Na tarde desta quarta-feira (25), duas novas vítimas foram identificadas: Anisio Padilha Soares, de 43 anos, e Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos. Com isso, sobe para seis o número de mortes confirmadas. Outras 11 pessoas ainda estão desaparecidas.
Equipes de mergulhadores especializados dos estados do Pará, Tocantins e Maranhão, além da Marinha do Brasil, permanecem mobilizadas na busca por sobreviventes e corpos no Rio Tocantins.
O colapso da ponte ocorreu durante o tráfego de veículos, resultando na queda de oito veículos no rio, incluindo quatro caminhões, dois automóveis e duas motocicletas. Autoridades acreditam que algumas vítimas não conseguiram sair dos veículos submersos.
O desabamento também gerou impacto ambiental. Como medida preventiva, o abastecimento de água nas cidades de Estreito, Imperatriz e outras localidades foi suspenso, devido ao risco de contaminação do Rio Tocantins por substâncias tóxicas.
Registros capturados por pessoas que estavam próximas mostram o momento exato do colapso, intensificando o choque e a comoção com a tragédia. Familiares das vítimas têm recebido suporte no local, enquanto as equipes de resgate seguem trabalhando incansavelmente.
Autoridades locais e estaduais enfatizam a importância da colaboração entre as instituições envolvidas na operação. “Nossa prioridade é dar respostas às famílias e minimizar o sofrimento causado por essa tragédia”, destacou um porta-voz da SSP.
A tragédia na ponte ressalta a necessidade de atenção às condições de infraestrutura no Brasil, além de reforçar o papel crucial das equipes de emergência em situações de grande impacto. A busca por desaparecidos e o processo de identificação das vítimas continuam como prioridade nas operações em andamento.