Com o aumento das queimadas e incêndios florestais em várias regiões do país, a procura por atendimento médico devido à exposição à fumaça vem crescendo. O Ministério da Saúde orienta a população sobre qual serviço de saúde procurar ao surgirem sintomas provocados pela inalação da fumaça, variando de acordo com a gravidade dos sinais apresentados.
Sintomas como tosse seca e persistente, irritação nos olhos, nariz e garganta, coriza e dor de cabeça são classificados como leves e podem ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que são a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Nessas unidades, as equipes estão preparadas para oferecer orientações e tratar esses casos menos graves. Além disso, monitoram grupos de risco e fazem encaminhamentos quando necessário.
“O Ministério da Saúde orienta que a Atenção Primária à Saúde é a primeira opção para o tratamento de sintomas leves e moderados. As UBSs também monitoram os grupos de risco e encaminham pacientes em situações mais graves”, afirma José Eudes Vieira, coordenador-geral de Saúde da Família e Comunidade.
Em casos mais graves, como falta de ar intensa, tosse com secreção, chiado no peito, febre alta, ou alterações de consciência, é recomendado procurar hospitais ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que contam com serviços de urgência e emergência. Pessoas com comorbidades, como doenças respiratórias crônicas, hipertensão, diabetes e imunossupressão, além de crianças, idosos e gestantes, são mais vulneráveis e devem buscar atendimento imediato ao perceberem qualquer agravamento dos sintomas.
O coordenador-geral de Urgência da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), Felipe Reque, reforça a importância de buscar atendimento adequado. “Hospitais e UPAs devem ser procurados apenas em situações graves, o que ajuda a evitar a superlotação e garante que os serviços de urgência estejam disponíveis para os casos mais críticos”, orienta.
Em situações de extrema gravidade, como sensação de sufocamento, dor no peito ou febre alta, é fundamental acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), que oferece suporte imediato e, se necessário, encaminha o paciente para o serviço de emergência mais próximo.
Devido à gravidade da situação em estados severamente afetados pela fumaça e pela seca extrema, o Ministério da Saúde acionou a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS). Esta força atua junto à Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde para monitorar a capacidade assistencial e elaborar planos de resposta em casos de emergência em saúde pública.
Com a intensificação dos incêndios e o impacto direto na saúde pública, a recomendação é que a população se mantenha atenta aos sintomas e procure o atendimento adequado, evitando agravar os quadros de saúde e contribuindo para a eficiência do sistema de saúde.