A Câmara Municipal de São Luís foi o palco de uma acusação explosiva nesta segunda-feira. O presidente da Casa, Paulo Victor (PSDB), denunciou o promotor de justiça Zanony Passos Silva Filho de extorsão, ameaças e perseguição. Segundo Paulo Victor, o promotor, que inicialmente se mostrava solícito, teria iniciado as ameaças há cerca de um mês, exigindo cargos na Câmara.
A tensão escalou quando Zanony enviou uma lista de nomeações para cargos no gabinete da presidência da Câmara, acompanhada de mensagens e ligações frequentes. Paulo Victor relatou que cedeu parcialmente às exigências, nomeando duas pessoas que nunca compareceram ao trabalho. Uma segunda lista de nomeações foi negada, intensificando a alegada perseguição.
A situação se agravou quando Zanony solicitou o contato do secretário de Estado de Cultura, Yuri Arruda, um aliado político de Paulo Victor, e enviou uma foto do presidente e sua família, mencionando uma falsa investigação do Gaeco. Este episódio levou Paulo Victor a cortar todas as relações com o promotor, apesar das contínuas mensagens e ligações deste.
Além disso, o presidente da Câmara alegou que Zanoni enviou um comunicado ao vereador Francisco Chaguinhas, pedindo doações para o Grupo de Mães Força do Amor, e posteriormente solicitou a investigação dos repasses feitos a esta entidade. Zanoni também entrou com uma ação que incluía pedido de prisão e perda de mandato contra vários vereadores, visando especialmente Paulo Victor.
Em resposta, Paulo Victor procurou o Gaeco, destacando que sua defesa não era contra o Ministério Público, mas especificamente contra o promotor Zanoni. Ele enfatizou a gravidade das acusações e a necessidade de transparência e justiça, anunciando medidas para alterar a legislação sobre emendas para aumentar a transparência e evitar situações duvidosas.
Paulo Victor planeja ainda fazer um novo pronunciamento para abordar aspectos políticos das investigações. Suas denúncias têm despertado grande atenção, destacando-se a necessidade de uma resposta efetiva dos poderes públicos e da sociedade para garantir um estado livre e justo para todos. As acusações levantadas, que incluem a negociação de cargos por um promotor em troca de favores, são consideradas graves e demandam uma investigação minuciosa.
O Blog Ilha Rebelde deixa este espaço aberto, caso o promotor Zanoni queira apresentar sua versão dos fatos e se defender das alegações.
Por Marcony Edson