O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) incluiu, nesta quarta-feira (05), mais 132 empregadores, entre pessoas físicas e jurídicas, à chamada “lista suja” do trabalho análogo à de escravo. O acréscimo é o maior já registrado desde 2017 – quando a lista começou a ser publicada -, fazendo com que o total de nomes cadastrados chegue a 289.
“Somente este ano já foram mais de mil resgates de trabalhadores nessa condição, nos três primeiros meses do ano. Vamos produzir um entendimento para que esses casos voltem a cair e possamos erradicar o trabalho análogo ao de escravo no Brasil. Aqueles que forem flagrados devem ser responsabilizados”, disse o ministro da pasta, Luiz Marinho.
O político explicou que a atualização de hoje inclui decisões, entre os anos de 2018 e 2022, que não cabem mais recurso. O estado de Minas Gerais lidera o ranking de novos registros, com 35 empregadores cadastrados. Em seguida, aparecem Goiás (15), Piauí (13), Pará (11), Paraná (8), Maranhão (8), Bahia (7) e Santa Catarina (7).
Um levantamento do Ministério do Trabalho apontou que, apenas em 2022, 2.575 pessoas foram resgatadas de condições análogas à escravidão. A cifra foi resultado de 465 fiscalizações realizadas em todo o país, o que gerou R$ 8,1 milhões em indenizações, a título de verbas salariais e rescisórias.
Fonte: SBT News