Terça-feira (6) não foi um bom dia para o ex-(des)governador comunista/socialista Flávio Dino – PSB que conseguiu se eleger senador nas eleições desse ano, isso porque continua insistindo em cobrar a fatura do presidente eleito Lula da Silva – PT, mesmo após internamente, tanto Lula, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e sua própria legenda, o Partido Socialista Brasileiro terem decidido que Dino não é um bom nome para ocupar o Ministério da Justiça.
Dino defende que a pasta continue fortalecida, afinal, para ganhar alguma visibilidade, ele teria que está em um ministério que ele possa atuar com sua formação jurista, na tentativa de ser candidato a presidente e ocupar o lugar de Lula quando o petista se aposentar.
Porém, o ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias, quadro orgânico do Partido dos Trabalhadores, defendeu, durante participação em um evento do jornal O Globo, que os ministérios da Justiça e da Segurança Pública sejam separados em diferentes pastas no próximo governo de Lula.
Segundo Dias, a separação seria importante para discutir a segurança pública sem deixar o assunto totalmente a cargo dos estados. “A pessoa que comanda o primeiro comando da capital no Piauí, por exemplo, está presa em Campinas, em São Paulo. Isso é uma realidade no país. Defendo, e o Fórum dos Governadores também defende que tenhamos uma área para cuidar com total prioridade do tema da segurança.” Afirmou Wellington Dias.
O senador eleito já se considerava garantido em um ministério pelo próprio petista ainda durante a campanha eleitoral. Em setembro, o agora presidente eleito havia dito: “Flávio Dino que se prepare. Vai ser eleito senador, mas não será senador muito tempo porque vai ter muita tarefa nesse País”.
Mas Dino perseguiu prefeitos, deputados e todos aqueles que não seguiam a risca ou que se opuseram a sua gestão. Por esse motivo, e para não gerar nenhum tipo de infortúnio ou comparação com ditaduras comunistas ao redor do mundo, Lula não quer vincular a sua imagem como um vingador de seus algozes que arquitetaram sua prisão – como Jair Bolsonaro e Sérgio Moro – o presidente petista tem o histórico de grandes investimentos na justiça e na Polícia Federal – PF, isso é tão verdade que foi esses mesmos aparelhos de estado que foram responsável por esse lamentável episódio nos anais da política nacional.
Lula quer continuar dando autonomia para as instâncias em seu governo, e para provar isso, além de não escolher Dino para o MJ, deve nome para a Procuradoria Geral da República – PGR, o primeiro cotado na lista tríplice, diferente de Bolsonaro que escolheu Augusto Aras que estava fora da lista tríplice em 2019.
Outro importante e influente petista, o governador da Bahia, Rui Costa, favorito para assumir a Casa Civil, enfatizou que é necessário “recolocar” as Forças Armadas “em seu papel constitucional”. Em sua avaliação, por muitas vezes a “democracia foi ameaçada” mais por uma incitação do atual presidente, Jair Bolsonaro – PL, do que das Forças Armadas.
“Neste período recente, as demonstrações de interferências muitas vezes participaram mais do próprio presidente, incitando e convidando as Forças Armadas a interferir, do que as próprias instituições” analisou Costa.
Flávio Dino que já havia nadado até a praia e morrido, parece que dessa vez o enterram…