A 5ª maior cidade do Maranhão e palco de grandes revoltas populares, Caxias parece que parou no tempo do coronelismo em que os antigos coronéis e fazendeiros mandavam e desmandavam na política local.
O fato que comprova isso é o ato do prefeito Fábio Gentil ter nomeado a sua filha Amanda Gentil à Secretaria Municipal de Governo, o que equivaleria a chefia da Casa Civil. É preciso enfatizar a importância da pasta, que é estratégica para os ditames do executivo municipal.
Mesmo o Supremo Tribunal Federal – STF tendo decido pela inconstitucionalidade da nomeação de parentes a cargos na administração pública, sejam nos governos federais, estaduais e municipais, Fábio Gentil se usa de um subterfúgio da mesma decisão, a de cargos como o de Amanda Gentil, que podem ser ocupados por parentes desde que sejam comprovados a qualificação para assumir a função, o que não parece ser o caso de Amanda, pois só tem 22 anos e é formada em Engenharia Civil, e nada tem a ver com administração pública.
Seria menos discrepante o nepostismo se o prefeito Fábio Gentil tivesse nomeado a filha em uma pasta que tivesse mais de acordo com a formação da herdeira, como a Secretaria de Obras ou de Infraestrutura, mas sabemos que as intenções do líder do executivo de umas das cidades mais importantes da região do leste-maranhense é eleger Amanda como deputada federal, tal como foi feito com seu pai Zé Gentil em 2018, quando conseguiu colocar seu progenitor na assembleia legislativa como um dos 5 mais votados, com cerca de 60 mil votos.
Mesmo não sendo ilegal, a nomeação da filha com fins eleitoreiros é mais do que imoral…