Os treinos livres e a classificação da Indy 500 trouxeram um cenário de surpresa. A Honda massacrou a Chevrolet em termos de potência e se colocou com muito favoritismo para conquistar a vitória, que não vem desde 2017, com Takuma Sato.
A Chevrolet tem sido a força dominante da Indy 500 após a introdução dos novos kits aerodinâmicos, em 2018. O placar de carros no Fast Nine foi de 7×2 naquela edição, e diminuído para um 6×3 em 2019. Já neste ano, a montadora americana terá apenas Rinus VeeKay, da Carpenter, largando entre os nove primeiros.
O desempenho da Honda na classificação foi assustador. Com o boost, 16 dos 17 carros movidos pela potência dos japoneses ficaram entre as 20 primeiras posições. A única exceção foi James Davison, da Dale Coyne, que é um dos veteranos que não participa de toda a temporada.
A pole de Marco Andretti, por exemplo, não surpreendeu no contexto que Indianápolis vive. Com a Honda forte, o piloto se mostrou candidato desde o primeiro treino, e apenas confirmou o bom acerto da Andretti para cravar o primeiro lugar.
Antes dominante em Indianápolis, a Chevrolet viu apenas o atual campeão Josef Newgarden, Pato O’Ward e o trio da Carpenter no top-20. Uma frustração gigante, que inclusive diminuiu as chances de Fernando Alonso sair com a vitória.
Apesar do choque enorme pela vantagem da rival, a Chevrolet sabe que o ritmo de corrida está um pouco mais próximo da Honda. Durante o treino após a classificação, pilotos como Helio Castroneves, Tony Kanaan e Fernando Alonso chegaram a liderar a sessão. Sem contar a Carpenter, guiados pelo chefe Ed e Conor Daly, que também apareceram de forma positiva.
Seguindo a tendência após a introdução do novo aerokit, a Indy 500 promete poucas ultrapassagens, em um cenário mais parecido com o da vitória de Will Power, em 2018.
O domínio da Honda também pode indicar um vencedor bastante diferente em Indianápolis. A dupla Penske-Andretti venceu todas as edições da Indy 500 desde 2014. A última vez foi justamente em uma das corridas mais disputadas da história, Takuma Sato, da RLL, já venceu no Brickyard e larga na primeira fila.
O Carb Day, nesta sexta-feira, surge como a última oportunidade da Chevrolet mostrar que a distância da Honda não é tão grande. Indianápolis realmente escolhe seus vencedores, mas é sempre bom se colocar em uma posição para ser escolhido.
Fonte: Grande Prêmio.