Depois de O que sete anos e três meses de benesses do poder, o ex-governador Flávio Dino (PSB) ostenta uma silhueta de quem não conseguiu se conter com tanta fartura palaciana. Flagrado por uma lente indiscreta usando apenas um calção de banho, à beira da piscina, em um clube recreativo, o ex-comunista e agora socialista e pré-candidato a senador está mais rechonchudo do que nunca.
Também pudera, foram sucessivos anos degustando, diariamente, picanha, maminha, rabada, filé de pescada amarela e outras iguarias de raríssima frequência nas mesas dos demais maranhenses. Eleito para promover a igualdade e a justiça social, como ele próprio proclamou, da sacada do Palácio dos Leões, em seu discurso de posse do primeiro mandato, em 1º de janeiro de 2015, Dino deixou o cargo sem cumprir a promessa, exceto para si e para os seus.
Os demais maranhenses continuam amargando os efeitos da fragilidade de uma economia posicionada entre as mais debilitadas do país. A constatação desse cenário está nas ruas, a cada dia mais povoadas por desempregados e pedintes, e nos números, que não mentem, e apontam que no estado 48,3% da população vive abaixo da linha de pobreza, ou seja, na mais profunda miséria.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 74% dos habitantes do Maranhão vivem com renda mensal inferior a um salário mínimo, o pior resultado dentre todas as 27 unidades da federação.
Nos primeiros cinco anos de governo de Flávio Dino, nada menos do que 400 mil pessoas no estado foram empurradas para a miséria. É uma verdadeira tragédia humanitária, que o ex-governador tentou amenizar com sucessivas inaugurações de restaurantes populares antes de se despedir do cargo. Além de ação meramente eleitoreira, a abertura de tantos restaurantes evidenciou o quanto a fome tem assombrado o povo desde que os ideais comunistas e socialistas passaram a nortear o modo de governar o estado.
Voltando à silhueta rechonchuda de Flávio Dino, esta foi se expandindo à custa de múltiplas regalias proporcionadas pelo poder. E quase ninguém duvida que ele abusou de todas, sobretudo das gastronômicas. Resta saber se ele conseguirá queimar tanta gordura em excesso da mesma forma como queimou sua imagem durante tão pífia gestão.
Denunciado por sua própria robustez corporal, Flávio Dino, ainda assim, insiste em enfrentar a campanha para o Senado. Resta saber se o povo dará crédito ao seu discurso depois de tantos anos de privilégios a poucos, em detrimento da maioria.
Fonte: OEstado