SÃO LUÍS – E chegou o dia da entrega das cinco mil máscaras caseiras do projeto extensionista “Máscaras pela Vida”, realizado na manhã dessa quinta-feira, 25, com abertura em solenidade no Centro Pedagógico Paulo Freire e por videoconferência. A ação foi feita em parceria com a Yara Brasil Fertilizantes, que patrocinou a produção das máscaras, cuja distribuição ficou a cargo da UFMA e das próprias costureiras participantes — que são também moradoras da própria área beneficiada, a região do Itaqui-Bacanga — por meio de cinco veículos da Instituição, nos bairros Anjo da Guarda, Vila Verde, Vila Maranhão, Vila Nova e Sá Viana.
Participaram da solenidade virtualmente o reitor Natalino Salgado; a pró-reitora de Extensão e Cultura, Zefinha Bentivi; a pró-reitora de Ensino, Isabel Ibarra; a chefe de Gabinete, Marize Aranha; a diretora de Assuntos Culturais, Li-Chang Shuen; e quase 70 pessoas da comunidade acadêmica que acompanharam a cerimônia a distância. Presencialmente, estiveram o vice-reitor Marcos Fábio Belo Matos; o pró-reitor de Assistência Estudantil, Leonardo Soares; o superintendente de Comunicação e Eventos, Fernando Oliveira; o superintendente de Tecnologia da Informação, Anílton Maia; o assessor de Relações Interinstitucionais, Arkley Marques; o coordenador do projeto Máscaras pela Vida, Saulo Ribeiro dos Santos; representantes da Yara Brasil Fertilizantes e costureiras do projeto.
Também estiveram presentes na solenidade e contribuíram presencialmente com a distribuição das máscaras nos bairros da área Itaqui-Bacanga os representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMA Felipe Pereira Costa, Milena Oliveira Jorge Pereira e Maxsuel Silva.
As máscaras foram confeccionadas por costureiras do Sá Viana, Vila Verde e Conjunto Bacelar, gerando emprego e renda para elas neste difícil momento de pandemia que assola todo o mundo. A distribuição das máscaras é realizada de forma gratuita para a comunidade do Itaqui-Bacanga, que conta, junto com cada item, com um informativo produzido pela equipe da Proec sobre como manusear e higienizar o produto.
Durante a cerimônia, o coordenador Saulo Ribeiro anunciou que o projeto já selou mais parcerias significativas, com a mineradora Vale, que encomendou mil necessaires; com a empresa multinacional Glencore, que solicitou 10 mil máscaras; e com a ONG Coromed, que patrocinará a produção de 50 mil máscaras, pedido em que há perspectiva de poder chegar a até 100 mil peças.
O reitor Natalino Salgado agradeceu o empenho de todos os envolvidos na iniciativa, elogiou a participação pioneira da Yara Brasil Fertilizantes e celebrou o sucesso exponencial do projeto. “Este é o primeiro passo de um projeto ambicioso, que temos que levar para a frente, a fim de proporcionar felicidade para a população que vive no entorno da UFMA. A participação da comunidade é fundamental para a nossa Instituição”, destacou.
O vice-reitor Marcos Fábio pontuou três aspectos marcantes do Máscaras pela Vida: a ampliação das ações de extensão da UFMA, a assistência in loco à comunidade do entorno da Instituição e a geração de renda a trabalhadoras dessa mesma região, também enfatizando que o projeto cumpra sua função social, de ter uma importância para a sociedade onde está instalada.
“É um projeto que nasceu da Proec, e hoje tem apoio de outras pró-reitorias, da Assessoria de Relações Interinstitucionais, e a tendência é que possa crescer, que possa ser cada vez ampliado. Pensando nesse novo normal, a expectativa é que seja um projeto permanente, para que a Universidade possa ajudar, gerar renda e criativamente criar vínculos com essa comunidade que convive há tantos anos com a nossa instituição”, completou o vice-reitor.
A pró-reitora Zefinha Bentivi, que participou on-line pela manhã e visitou o Clube das Mães da Vila Verde na tarde do mesmo dia, fez um agradecimento especial às costureiras que participam do Máscaras pela Vida. “Agradeço imensamente a todos os que estão envolvidos, e principalmente a vocês, que são as mãos cuidadosas que produziram estas máscaras. Estamos fazendo esta fase da confecção e distribuição, e um aspecto muito importante para nossa pró-reitoria é o empreendedorismo. Precisamos colocar os pés e as mãos no coração das pessoas, ao cuidar da sociedade. Pessoalmente, mais do que o trabalho, este projeto é uma missão de vida”, realçou.
Edvan Cruz, gerente regional da Yara Brasil Fertilizantes, ressaltou a parceria com a Universidade Federal do Maranhão e a missão social da empresa em ajudar a população em que está inserida, ainda mais no contexto da pandemia da Covid-19. “Além dessa parceria com a UFMA, que, sem sombra de dúvida, é um trabalho belíssimo, doamos cestas básicas a pessoas necessitadas, doamos equipamentos de proteção individuais para os profissionais que estão atuando na frente de saúde e segurança, a fim de levarmos um diferencial para as pessoas que estão precisando. Estamos muito orgulhosos dessa parceria, temos certeza de que, com união, poderemos contribuir para que as pessoas possam ter o mínimo de condição para manterem suas famílias e se prevenirem da contaminação pela covid-19”, declarou.
O professor e coordenador Saulo Ribeiro também deu suas impressões sobre o grande momento da entrega das máscaras à própria comunidade que produziu os artefatos de proteção e saúde. “Esse momento marca o auge do projeto, porque não é somente a entrega, mas o envolvimento da comunidade, das costureiras, geração de emprego e renda que esse projeto possibilitou a quinze costureiras da região do Itaqui-Bacanga, vindas de vários bairros que compõem essa área. Tudo isso foi possível pela parceira do projeto de extensão com a Yara Fertilizantes, que possibilitou que pudéssemos confeccionar estes itens e gerar emprego e renda para estas mulheres, sendo o ponto chave desse processo”, pontuou.
O sentimento é de gratidão
A satisfação pelo momento da entrega foi clara em cada declaração das participantes das comunidades, que expressaram os ganhos que obtiveram para além da valiosa renda obtida no meio da pandemia e do isolamento social, como proferiu a vice-presidente da Associação Comunitária da Área do Itaqui-Bacanga, Moisilesia Bucele. “Vim aqui parabenizar à UFMA por este trabalho, cumprindo seu papel, conciliando a preservação da vida com a geração de renda para a nossa área. Nós agradecemos muito, e posso dizer que estamos à disposição”, mencionou.
Outro depoimento emocionado foi proferido por uma das costureiras do Clube das Mães da Vila Verde, Karla Almeida, que estava acompanhada de várias de suas colegas de profissão e de missão de confecção de cinco mil máscaras: “Quero agradecer muito, pois todas nós aqui neste projeto somos chefes de família, e dizer que todos vocês não estão apenas gerando renda, mas também dignidade a todas nós”.
Uma das beneficiadas pelo projeto no bairro da Vila Verde foi a dona de casa Dulce dos Santos Vaz, que exaltou a grande relevância da obtenção das máscaras para ela e sua família gratuitamente. “É uma benção de Deus, porque nem todo mundo tem cinco reais para comprar uma máscara. Que Deus venha a abençoar este projeto tremendamente porque tem muitas pessoas que estão precisando de máscara e não têm”, elogiou.