A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) enfrenta uma crise administrativa após a não renovação do contrato com o Google para o serviço Google Workspace Plus. A decisão tem gerado uma série de impactos negativos em diversos setores da instituição, afetando desde o armazenamento de dados científicos até o funcionamento de cursos de ensino a distância.
Pesquisadores e servidores afetados
Com o encerramento do contrato, muitos pesquisadores que utilizam o Google Drive para armazenar suas pesquisas foram notificados de que ultrapassaram o limite de armazenamento. Sem uma alternativa viável oferecida pela administração, há o risco de perda de dados importantes para a comunidade acadêmica. Além disso, setores estratégicos já enfrentam dificuldades operacionais, agravando a precarização da infraestrutura universitária.
Outro problema gerado pela mudança é a limitação do uso do Google Meet, ferramenta essencial para reuniões e aulas remotas. A restrição de tempo para chamadas pode comprometer atividades de ensino, pesquisa e extensão, principalmente os cursos de educação a distância, que dependem de plataformas digitais para suas atividades.
Educação a distância em risco
A Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) comunicou que está ativando novas licenças dentro do contrato firmado com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). No entanto, ainda não há garantias de que a solução adotada atenderá às necessidades da UFMA. Os cursos a distância, administrados pela Secretaria de Tecnologias Educacionais (STED), estão entre os mais prejudicados.
A incerteza quanto à continuidade dessas atividades levanta dúvidas sobre o compromisso da atual gestão com a expansão do ensino superior no estado do Maranhão. Enquanto outras instituições como o IFMA, UEMA e UEMA Sul ampliam suas iniciativas, a UFMA tem fechado unidades estratégicas, como o polo de Alcântara, forçando a transferência de cursos para Pinheiro. Além disso, o fechamento de duas bibliotecas setoriais compromete ainda mais o acesso à informação para estudantes e pesquisadores.
Gestão sob críticas e risco de prejuízos acadêmicos
O pró-reitor Marcos Moura, responsável pelos pagamentos de contratos administrativos, tem sido apontado como um dos principais responsáveis pelo corte de serviços essenciais. Críticos da atual administração afirmam que sua falta de experiência tem levado a instituição a um cenário de precarização e retrocesso, comprometendo não apenas a pesquisa, mas também a infraestrutura acadêmica.
Além do impacto sobre os serviços digitais e bibliotecas, há denúncias de que o caos administrativo também se reflete na falta de telefonia fixa dentro da universidade. A insatisfação cresce entre docentes, servidores e estudantes, que temem que a UFMA perca projetos e dados científicos devido à falta de planejamento da gestão.
Futuro incerto e investigações em andamento
Diante do cenário preocupante, membros da comunidade acadêmica questionam quais serão os próximos cortes promovidos pela administração do reitor Fernando Carvalho. As críticas apontam para uma gestão marcada por decisões controversas, que têm gerado perdas significativas para a universidade.
Além dos problemas estruturais, denúncias sobre possíveis irregularidades na distribuição de bolsas acadêmicas já estão sob a análise do Ministério Público Federal (MPF). O órgão investiga possíveis favorecimentos dentro da instituição, o que pode agravar ainda mais a crise enfrentada pela UFMA.
Enquanto isso, a comunidade universitária segue aguardando respostas concretas da administração sobre como pretende solucionar os problemas gerados pela não renovação do contrato com o Google e a precarização dos serviços essenciais.
Em tempos: A imagem de Fernando Carvalho está tão desgastada na comunidade política que o simples fato de tirar fotos com ele já é um sacrifício e pode custar vários likes negativos para deputados federais, senadores e ministros!