Nos últimos dias, especialistas observaram uma atividade solar intensa, marcada por grandes manchas solares, erupções e ejeções de massa coronal (CME) em direção à Terra. A expectativa era a de que na terça-feira (13) ocorressem tempestades geomagnéticas fortes, mas até o momento nada ocorreu.
Tudo começou em 7 de fevereiro, com a detecção de uma mancha solar 15 vezes maior que a Terra, gerando explosões significativas que afetaram comunicações de rádio e liberaram nuvens de partículas em nossa direção. O Sol continuou ativo, com nove explosões notáveis registradas em 12 de fevereiro, algumas próximas de alcançar a classificação X, a mais intensa.
Previam-se três CMEs para 13 de fevereiro, capazes de desencadear tempestades geomagnéticas de classe G1 a G2, com potencial para auroras boreais em algumas regiões. No entanto, apenas uma CME foi registrada na data prevista, com impacto fraco. Mais recentemente, detectaram-se duas CMEs no lado oposto do Sol, sem possibilidade de afetar a Terra imediatamente, mas modelos sugerem que ainda podem chegar.
As tempestades solares são resultado da liberação súbita de energia armazenada em campos magnéticos do Sol, podendo durar minutos ou horas. Essas explosões liberam enormes quantidades de energia, comparáveis a milhões de erupções vulcânicas na Terra. Quando essas explosões ocorrem em regiões magnéticas ativas do Sol, há o potencial de impactar a Terra, interferindo em seu campo eletromagnético e representando riscos para a internet e telecomunicações.
Em 1859, ocorreu a maior tempestade solar já registrada, afetando principalmente sistemas de telégrafos e locais com energia elétrica. Hoje, com a dependência crescente da tecnologia, uma tempestade solar semelhante teria impactos catastróficos nos dispositivos eletrônicos globais.
Embora o ano de 2024 esteja sendo marcado por uma atividade solar intensa, não há garantias de que ocorrerão tempestades solares extremas capazes de causar danos significativos aos dispositivos eletrônicos. O comportamento solar ainda é pouco compreendido, e mais estudos são necessários para prever com precisão tais eventos.
Fonte: Tudocelular.com