O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) submeterá 159 das 16.423 seções eleitorais no Maranhão a auditoria no pleito de 2022. As amostras serão cruzadas com os dados apurados pelo sistema eletrônico eleitoral brasileiro. Além de realizar a auditoria, o TCU verificará se as informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são exatamente iguais às dos arquivos impressos.
Em todo o país, 4.577 seções eleitorais foram selecionadas pelo TCU para compor a amostra da auditoria no sistema eletrônico eleitoral brasileiro, relatada pelo presidente em exercício do TCU, ministro Bruno Dantas. A relação completa foi enviada eletronicamente ao TSE pela equipe de auditoria, no dia 5 deste mês, a fim de garantir a celeridade dos trabalhos.
A seleção da amostra foi realizada após a totalização dos votos válidos do 1º turno pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por uma margem de segurança, o TCU selecionou um número 10% maior do que as 4.161 seções necessárias para a fiscalização.
O secretário-geral do TCU lembrou que essa etapa da entrega do documento com a seleção aleatória das seções eleitorais é importante para que o TCU dê continuidade ao trabalho. “O TCU vem realizando essa auditoria em várias etapas e vem seguindo rigorosamente os padrões internacionais de auditoria”, afirmou Frederico Carvalho.
José Levi Mello fez questão de ressaltar a importância do TCU nessas eleições. “É uma satisfação enorme contar com o acompanhamento do TCU, que é sério, construtivo, sempre presente e que fortifica o trabalho da Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral é transparente e absolutamente aberta. Aqui só há uma coisa sigilosa: o voto”, disse o secretário-geral do TSE.
O TSE forneceu, logo após a totalização dos votos, a base total de dados utilizada para divulgação dos resultados das eleições em primeiro turno com mais de 470 mil seções eleitorais.
Boletins
A seleção das urnas faz parte da quinta etapa da auditoria, fase em que o TSE envia ao TCU os Boletins de Urnas (BUs) impressos dessas 4.577 urnas. A partir daí, o TCU digitaliza cada um desses arquivos, transforma-os em formato PDF para convertê-los em dados consumíveis por máquinas.
Para viabilizar essa auditoria, a equipe da Secretaria de Fiscalização de TI do TCU (Sefti) desenvolveu tecnologia própria ao criar programas codificados com o uso da Linguagem Python e do Banco de Dados SQL Server capazes de fazer o reconhecimento dos QR Codes dos BU e o cruzamento das informações, além de verificar se as informações divulgadas pelo TSE são exatamente iguais às dos arquivos impressos nos BUs.
Abaixo, o número de seções que serão auditadas por estado:
Fonte: O Estado