São Luís – Com o objetivo de contribuir de forma efetiva para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontece em novembro no Pará, o Maranhão promove, nos dias 10 e 11 de abril, o IV Seminário de Educação Ambiental do Estado. Intitulado “O Grito Maranhense para a COP 30”, o evento será realizado no auditório do Palácio Henrique de La Rocque, em São Luís, e contará com uma programação intensa voltada à justiça climática, ecologia integrada e práticas sustentáveis.
A iniciativa foi tema do programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia 96,7 FM, nesta segunda-feira (7). Em entrevista à radialista Maria Regina Telles, o presidente do Fórum Estadual de Educação Ambiental do Maranhão (FEEA/MA), Mauro Roberto Carramilo dos Santos Júnior, destacou a importância do seminário como espaço estratégico para discussão e formulação de propostas que serão levadas à COP 30.
“O Maranhão tem desafios socioambientais urgentes. Ainda com um dos menores IDHs do país, mas com uma biodiversidade riquíssima, precisamos garantir que nossa realidade e nossas demandas estejam presentes no debate global sobre o clima”, afirmou Mauro Júnior.
O evento, gratuito e aberto ao público, busca reunir especialistas, estudantes, ativistas ambientais e representantes do poder público. Entre os temas debatidos estarão as emergências climáticas locais, políticas públicas ambientais e o papel das comunidades tradicionais na preservação dos biomas maranhenses.
Destaques da programação
Painéis temáticos abordarão desde a gestão ambiental frente às mudanças climáticas até a comunicação e cooperação com povos e comunidades tradicionais. Um dos momentos mais aguardados será a discussão sobre a atuação do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), reconhecido pelo protagonismo em práticas sustentáveis e geração de renda no interior do estado.
Outro foco do seminário será a articulação com a Campanha da Fraternidade de 2025, que traz como tema “Fraternidade e Ecologia Integral”, além de debates sobre a inserção da educação ambiental como eixo estruturante no Plano Decenal de Educação do estado.
Rumo à COP 30
A 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas marca um momento crucial para o planeta, e o Maranhão quer fazer parte da construção de soluções. “Vamos propor gestos concretos e diretrizes que levem em conta as especificidades do nosso território, das nossas comunidades e da nossa realidade ambiental”, finalizou Mauro Júnior.
A expectativa é que o evento reforce o protagonismo maranhense na luta por justiça climática e ajude a consolidar políticas públicas ambientais mais eficazes e inclusivas.
