O ministro da Educação, Milton Ribeiro, justificou-se neste domingo (27) sobre uma entrevista dada ao jornal “O Estado de S. Paulo”, na última quinta-feira (24), na qual disse que gays vêm de “famílias desajustadas”. Ele afirmou, durante viagem a Londrina, no norte do Paraná, que tem as “próprias convicções” como pastor, mas que é “ministro de todos”.
Em visita à nova sede do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Ribeiro disse que tem respeito por todas “as opções” e que não queria ofender.
“Naturalmente eu tenho minha liberdade também de opinião e ali eu estava me referindo não propriamente aos adolescentes, mas às crianças. Eu respeito muito as opções como ministro de estado. Como pastor eu tenho minhas próprias convicções, mas, como ministro de estado, eu sou ministro de todos.”
Na entrevista, o ministro foi questionado sobre educação sexual na sala de aula e disse que era um tema importante para evitar gravidez precoce, mas que não era necessário discutir questões de gênero nem homossexualidade, que ele atribuiu a “famílias desajustadas”.
Ele declarou: “Acho que o adolescente, que muitas vezes, opta por andar no caminho do homossexualismo (sic), tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato, e caminhar por aí. São questões de valores e princípios.”
Ainda durante a visita a Londrina, Milton Ribeiro comentou que é favorável ao retorno das aulas nas escolas públicas.
Segundo o ministro, o governo vai remanejar R$ 525 milhões que seriam destinados para o pagamento de estagiários que atuam em salas de aula aos diretores de escolas públicas.
“Esse valor vai ser rateado de acordo com os critérios dos nossos técnicos e vai ser enviado direto para a gestão das escolas para, no retorno, eles não poderem se queixar que têm deficiência de máscara, de álcool gel, pequenos ajustes e consertos em prédios. Nós vamos dar condições à escola pública do ensino básico para poder receber seus alunos de volta. Aí vai depender da lei municipal, estadual”, afirmou.
Fonte: G1.com.br