O Ministério da Saúde lançou, esta semana, painéis que monitoram a situação epidemiológica dos dois tipos principais de leishmanioses no Brasil: a visceral e a tegumentar. A ferramenta traz informações sobre o número de casos, óbitos e a taxa de letalidade por estado, por exemplo.
Em 2023, o Brasil registrou aproximadamente 13 mil casos de leishmaniose tegumentar. Os estados da Região Norte, como Pará e Amazonas, são as áreas mais afetadas, com alta incidência de novos casos. A leishmaniose visceral, além de ser a forma mais grave e potencialmente fatal, apresentou uma média de 2 mil casos notificados anualmente, com uma tendência de estabilização, mas com surtos localizados, especialmente no Norte e Nordeste.
Para a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Alda Maria, “os painéis de indicadores são ferramentas cruciais para o monitoramento da situação epidemiológica das leishmanioses”. Ela, ainda reforça, que “os painéis permitem uma avaliação mais precisa das tendências, áreas com maior ocorrência e eficácia das intervenções feitas pelo Ministério da Saúde para o controle dessas doenças”. A ferramenta foi construída a partir de um projeto integrado entre a SVSA e o Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde da Fiocruz Brasília.
O lançamento da plataforma aconteceu durante evento na Fiocruz, que também discutiu o Plano de Ação para o Fortalecimento da Vigilância e Controle das Leishmanioses no Brasil de 2025 a 2030.
O coordenador-geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial (CGVZ), Francisco Edilson, reforçou que o plano de ação “é fundamental para o fortalecimento das estratégias de vigilância e controle das leishmanioses. É imperativo que o plano seja baseado em dados sólidos e promova uma abordagem integrada que considere aspectos epidemiológicos, sociais e ambientais”.
Sobre a doença
As leishmanioses são doenças parasitárias que afetam significativamente a saúde pública no Brasil, com duas formas principais: a leishmaniose tegumentar e a leishmaniose visceral. Ambas representam desafios consideráveis para a saúde coletiva, exigindo uma resposta coordenada e eficaz.
Veja os painéis
Ministério da Saúde