O Ministério da Saúde intensificou os esforços no combate às arboviroses com o lançamento da segunda fase da campanha nacional de conscientização e mobilização contra dengue, zika e chikungunya. A nova etapa, que segue até o dia 28 de dezembro, traz como foco principal o reconhecimento dos sintomas dessas doenças e o incentivo à procura por atendimento médico precoce.
Com o slogan “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”, a campanha visa alertar a população sobre sinais como manchas vermelhas na pele, febre, dores de cabeça e atrás dos olhos. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) foram destacadas como o principal ponto de referência para diagnóstico e atendimento.
De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o período chuvoso é crítico para o aumento dos casos dessas doenças, o que exige ações coordenadas de prevenção e vigilância. “Estamos unindo esforços para proteger a população durante o período mais crítico. Diagnóstico precoce, prevenção e assistência médica são nossas prioridades”, ressaltou a ministra.
Plano Nacional contra Arboviroses
Em paralelo, o governo federal lançou o Plano de Ação 2024/2025, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra Nísia Trindade. Com um investimento de R$ 1,5 bilhão, o plano busca reduzir casos e óbitos causados por arboviroses, como dengue, zika, chikungunya e oropouche. A iniciativa pretende intensificar as ações durante o próximo período sazonal, quando o risco de surtos é maior.
Os números de 2024 destacam a gravidade da situação: até 27 de novembro, foram registrados 6.578.123 casos prováveis de dengue, um aumento expressivo em relação aos 4.079.108 casos de 2023. No mesmo período, foram notificados 6.415 casos de zika e 263.552 casos de chikungunya, também com alta em relação ao ano anterior.
A campanha também reforça a importância de eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti. A etapa inicial, lançada em outubro com o slogan “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”, já alertava sobre ações simples, como evitar o acúmulo de água parada em residências.
Outro ponto-chave é a vacinação contra a dengue, que, embora ainda dependa de maior disponibilidade dos fabricantes, é considerada estratégica pelo Ministério da Saúde para conter a proliferação da doença.
Com a intensificação das campanhas e os novos investimentos, o governo espera não apenas controlar os casos de arboviroses, mas também conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, especialmente nas regiões mais afetadas pelo Aedes aegypti.
