O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttre) informou por meio de nota divulgada na noite desta terça-feira (26), que motoristas e cobradores do sistema de transporte público de São Luís entrarão em greve geral por tempo indeterminado a partir de 00h do dia 1º de março (sexta).
Segundo o sindicato, a greve se deve ao descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho e do Acordo Judicial que tramita no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª região. Ainda segundo a nota, Prefeitura de São Luís, Tribunal Regional do Trabalho, Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho já foram notificados da decisão.
“Os empresários só podem achar que nós, rodoviários, somos palhaços. Em toda a minha vida atuando em entidades sindicais, nunca eu vi uma Convenção Coletiva de Trabalho tratada e definida perante a justiça, não ser cumprida. Além de desrespeitarem os trabalhadores, os patrões também demonstram não estarem nem aí, para a justiça e tão pouco, para os usuários do transporte público, que recentemente foram surpreendidos com o aumento das passagens e mesmo assim, não tem, ao menos, o direito a um serviço de qualidade em São Luís. Demos todas as alternativas aos empresários, procuramos os órgãos ligados à justiça e até a Prefeitura de São Luís, que chegou a marcar uma reunião, mas depois não nos atendeu. Não nos resta outra possibilidade que não seja cruzarmos os braços, dessa vez, em todo o sistema. Nossa classe merece mais respeito e não permitiremos tamanha humilhação e descaso. Essa Convenção será cumprida, por bem ou por mal”, enfatiza Isaias Castelo Branco, presidente do Sindicato.
Na semana passada, o presidente, a diretoria e o departamento Jurídico da entidade, se reuniram e decidiram notificar todas as empresas de ônibus, o SET, a Prefeitura de São Luís e órgãos ligados à Justiça, estabelecendo um prazo de 24 horas, para que o acordo fosse acatado, o que não aconteceu.
O Caso
Pela nova Convenção Coletiva de Trabalho, os rodoviários deveriam receber salários e tickets alimentação com os valores reajustados, o que ainda não aconteceu. Desde o início de fevereiro, o presidente do sindicato tenta resolver a situação na justiça, sem precisar deflagrar a greve geral. Mas, até o momento, não houve resposta.
Já o sindicato das empresas de transporte afirma que o aumento no valor das passagens, autorizado pela Prefeitura de São Luís, não foi suficiente para cumprir o acordo da convenção trabalhista.
Jornal Pequeno