Nesta quarta-feira (31), o Spotify divulgou seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2019. O prejuízo líquido ainda está lá, ainda que menor: nesse trimestre, ele foi de 76 milhões de euros, 80% menor se comparado ao mesmo período de 2018 (394 milhões de euros). Já a receita foi de 1,66 bilhão de euros, um aumento de 31% em relação ao ano passado. Desse faturamento total, 90,1% vieram dos usuários Premium e 9,9% dos anúncios que são exibidos na versão gratuita.
No entanto, ainda que o prejuízo persista nos números da empresa, há o que comemorar. No trimestre em questão, o serviço de streaming de música ganhou 8 milhões de assinantes em seu plano Premium. Com isso, a base de assinantes do Spotify nessa modalidade, hoje, é de 108 milhões de usuários, quase o dobro do segundo colocado, a Apple Music, que tem 60 milhões.
O Spotify afirmou que seus resultados foram impactados por “custos sociais”, que são os impostos sobre salários de seus empregados, benefícios e bônus na forma de ações da empresa (que é de capital aberto). Em comunicado, a companhia afirmou:
“Estamos sujeitos a impostos sociais em vários países em que operamos, embora a Suécia seja responsável pela maior parte dos custos sociais. Não prevemos alterações nos preços das ações em nossas orientações, portanto, os movimentos para cima ou para baixo afetarão nossas despesas operacionais reportadas.”
Aposta nos podcasts
A aposta principal do Spotify para atrair mais assinantes e, consequentemente, aumentar seu faturamento, atende pelo nome de podcasts. Para isso, a empresa comprou diversas empresas especializadas nesse formato e nomes como a Higher Ground, que produz os programas de Barack e Michelle Obama. Em seu comunicado aos investidores, a companhia sueca afirma que sua audiência em podcasts cresceu mais de 50% neste trimestre e quase dobrou desde o começo do ano.
Para o final do ano, a empresa prevê que terá entre 250 e 265 milhões de assinantes, sendo que até 125 milhões deles serão da categoria Premium. Além disso, o Spotify espera atingir receitas de até 1,94 bilhão de euros, margem de crescimento de até 25,7% e flutuação que pode variar entre 31 milhões de euros em lucros até 131 milhões de euros em perdas.
Fonte: Business Wire via Canaltech.