Uma quadrilha fortemente armada roubou quase R$ 100 milhões de uma agência do Banco do Brasil em Bacabal, a 250 quilômetros de São Luís. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, o assalto foi comandado pelo criminoso José Francisco Lumes, do Zé de Lessa, foragido no Uruguai.
Conforme a pasta, Lessa é apontado como chefe de uma das facções mais violentas da Bahia, conhecido como Bonde do Maluco. O grupo criminoso age no Norte e Nordeste e tem ligação com uma facção criminosa paulista.
No total, 30 homens teriam participado do roubo, que resultou na morte de três bandidos e de um morador de Bacabal, identificado como Cleonir Araújo. Entre os suspeitos mortos está o irmão de Zé da Lessa, Edielson Francisco Lumes, conhecido como Dó ou Titi.
Há a suspeita da formação de uma extensa rede de pessoas que forneciam informações estratégicas e facilitavam o deslocamento dos criminosos. Um policial militar do Piauí, um bombeiro, um delegado e um investigador da Polícia Civil do Maranhão, além de dois advogados, foram presos sob suspeita de ligação com o crime.
Segundo a secretaria, cerca de 300 policiais participam da operação de busca pelos fugitivos. Há informações de que veículos dos suspeitos passaram por cidades vizinhas.
A organização criminosa é formada por 78 membros, entre homens e mulheres. Eles são especializados em assaltos a instituições financeiras e explosões de veículos de transporte de valores. Em cada Estado, há um representante da quadrilha. A polícia já conseguiu identificar os elos dessa organização no Maranhão. Os suspeitos devem ser presos a qualquer momento.
Interpol, Polícia Federal, Polícia do Uruguai e a Secretaria de Segurança maranhense estão trocando informações com intuito de prender Zé de Lessa e os demais membros do bando.
Destruição
O assalto deixou um rastro de destruição em Bacabal. A delegacia regional e o quartel da PM foram metralhados e sete veículos, incendiados. A agência do Banco do Brasil, segundo a polícia, que é o centro distribuidor de dinheiro da região, foi destruída pela explosão.
Por Diego Emir via O Estado de S. Paulo.