A promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, relatou panes recentes registradas em viagens da balsa José Humberto, improvisada para navegar como ferryboat na Baía de São Marcos, na travessia entre a Ilha de São Luís e a Baixada Maranhense. Em entrevista à TV Difusora, a representante do Ministério Público do Maranhão (MPMA) informou que o inquérito civil instaurado para investigar a situação do transporte aquaviário que opera entre a capital e o continente segue em andamento.
Lítia Cavalcanti diz estar acompanhando a situação precária do transporte por ferryboat que opera entre a capital e o continente, principalmente as viagens da embarcação José Humberto, balsa contratada no Pará, que até então só havia navegado em águas fluviais, mas foi adaptada sob encomenda do Governo do Maranhão para transportar passageiros na Baía de São Marcos, entre os terminais da Ponta da Espera e do Cujupe e na rota Inversa.
Sobre a ocorrência da última terça-feira (5) à noite, no Terminal do Cujupe, ela disse ter assistido aos vídeos que mostram as pessoas desesperadas, algumas doentes, inclusive, que precisavam viajar para São Luís com urgência, mas foram impedidas porque não houve uma das viagens. “A gente sabe que o ‘ferry’ José Humberto não é adequado para navegar na Baía de São Marcos e a informação que chega a nós é que ele tem tido problemas”, advertiu.
Desgovernado
A promotora relatou um episódio ocorrido no último dia 4, quando o “ferry” José Humberto ficou desgovernado após o comandante perder o controle. Ela afirmou ter recebido videos que mostram a embarcação no exato momento da pane. “Isso é grave, pois estamos tratando da Baía de São Marcos, que tem características próprias. Então, há uma preocupação muito grande”, alertou.
Assista:
MPMA aciona MOB por outro serviço, mas parece fazer vista grossa para o transporte por ferryboat
Fonte: O Estado