O governador Flávio Dino (PCdoB) encerra na semana que vem seu primeiro mandato com duas marcas negativas: nos últimos quatro anos, o Maranhão só piorou em rankings de pobreza e de economia.
No início do mês, por exemplo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Maranhão possui o maior número de pessoas vivendo em situação de pobreza, segundo revela a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) – reveja.
Cerca de 54,1% dos maranhenses vivem com menos de R$ 406 por mês, que é considerado o valor estipulado pela pesquisa.
Ainda segundo o IBGE, mais de 81% dos maranhenses não possui saneamento básico adequado, e a média nacional é de 35,9% da população. Além disso, 32,7% das pessoas não tem acesso à coleta direta ou indireta de lixo e para 29,2% não há abastecimento de água.
PIB em queda
O Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão também só piorou nos últimos anos.
Também de acordo com o IBGE, que divulgo em novembro a pesquisa de Contas Regionais de 2016, a economia maranhense encolheu 5,6% em 2016 – depois de já haver recuado 4,1% em 2015. Nos dois anos, o estado registrou retração maior que a do Brasil (acesse aqui o relatório).
O último ano em que o IBGE registrou crescimento do Produto Interno do Maranhão foi 2014, com alta 3,9%, a oitava maior do país naquela ocasião (relembre).
IDH
Com tantos erros e resultados negativos atestando o fracasso da primeira metade do governo Dino, os resultados práticos prometidos não apareceram.
Um deles era o de tirar municipios maranhenses da lista dos mais pobres.
No dia 1º de janeiro de 2015, da sacada do Palácio dos Leões, o novo governador do Maranhão havia anunciado a instituição do programa “Mais IDH” – para melhorar os índices dos 30 municípios mais pobres do Maranhão.
“Nós estamos instituindo hoje o plano Mais IDH e, por intermédio desse plano, nós vamos adotar ações nas 30 cidades que têm o pior IDH do Brasil. Por que o que nós queremos é que, ao fim do governo, não tenha nenhuma cidade maranhense no rol das 100 cidades piores do Brasil”.
Quatro anos depois, o que se tem é o Maranhão afundando cada vez mais na pobreza (saiba mais).
Por Gilberto Léda