Durante toda esta terça-feira (10), a Prefeitura de São Luís realizou uma força-tarefa para minimizar os danos causados pelo forte temporal da segunda-feira (9). O trabalho atende a uma determinação do prefeito Edivaldo Holanda Junior. Estão mobilizadas equipes da Defesa Civil, Assistência Social, Limpeza Urbana, Obras e Serviços Públicos, Instituto Municipal da Paisagem Urbana, Urbanismo e Habitação, executando serviços de desobstrução de canais e galerias, recuperação de vias, remoção de árvores e poda, limpeza em pontos de descarte irregular, monitoramento 24h das áreas de risco, orientação e assistência às famílias prejudicadas.
Segundo o Núcleo de Meteorologia (Nugeo) da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), durante a segunda-feira (9) choveu 135,2 milímetros em São Luís. Para o mês de março a média climatológica é de 424 milímetros. Porém, este ano São Luís deve superar os 500 milímetros. Desde o início do período chuvoso, o prefeito Edivaldo determinou a criação de uma força-tarefa que envolve diversos órgãos da Prefeitura de São Luís para a execução de trabalhos preventivos e de recuperação dos danos causados pelas chuvas.
“Equipes da Prefeitura de São Luís seguem mobilizadas executando ações de infraestrutura, limpeza e assistência social para minimizar os danos causados pela fortes chuvas. Com atenção especial para as áreas de risco. Estamos prestando atendimento e orientando as famílias e intensificando as ações pela cidade. Este trabalho seguirá intensificado até o fim do período chuvoso, que tem sido de fortes chuvas. Somente nos primeiros nove dias de março já choveu mais de 300 mm” disse o prefeito Edivaldo.
Como resultado do trabalho, várias áreas foram recuperadas. Ao longo de toda a terça-feira (10) foram executados serviços de limpeza e desobstrução de canais e galerias, poda de árvores, remoção de árvores e galhos que desabaram por causa das chuvas. Também foi executada a limpeza nos pontos de descarte irregular de lixo. Todo este trabalho é executado diariamente para garantir que as chuvas possam escoar corretamente, evitando a formação de pontos de acúmulo de água.
TEMPORAL
Foi verificado que, por conta das seis horas de duração das chuvas que caíram na capital maranhense e também por causa da alta na maré de São Luís, que na segunda-feira (9), atingiu a medida de 6.4 metros, foram informados casos de inundação em bairros como Areinha, Vila Portelinha (Na Ilhinha/São Francisco), Divinéia e Centro (região do Mercado Central). Também foi informado o desmoronamento de um prédio em construção e abandonado na região da Península da Ponta d’Areia, imóvel desabitado, mas que já vinha sendo acompanhado pela equipe da Defesa Civil desde 2017. O desabamento não oferece riscos à população do entorno.
ATENDIMENTO EMERGENCIAL
Ainda durante a noite de segunda-feira (9), quando o temporal se intensificou, as famílias que ficaram desalojadas na comunidade Vila Portelinha, na região dos bairros São Francisco e Ilhinha, foram levadas para alojamento, pelas equipes da Defesa Civil, órgão da Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc). O trabalho foi acompanhado pelas equipes da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas).
Todas as famílias foram atendidas durante a noite. Um caminhão de mudanças foi disponibilizado pela Defesa Civil para que as famílias pudessem transportar seus bens materiais. A Semcas forneceu também colchonetes para as 27 famílias que foram abrigadas em alojamento. A Semcas ofertou também vagas nas unidades de acolhimento, contudo não foi aceito pelas famílias, que optaram por permanecer na área atingida.
ACOMPANHAMENTO PÓS-CHUVAS
Na manhã desta terça-feira (10) as famílias que estavam em alojamento retornaram para suas residências. As equipes das duas secretarias retornaram para a localidade para prosseguir com o atendimento aos atingidos. A Defesa Civil vistoriou os imóveis para verificar se as estruturas haviam sido comprometidas pelas chuvas e se havia risco de desabamento. Já as equipes da Assistência Social prestaram diversas orientações às famílias, fizeram um levantamento dos prejuízos causados pelas chuvas e quais famílias necessitam de abrigo.
A Semcas também ofertou lanche e almoço para as 27 famílias que foram abrigadas na escola durante a noite de segunda-feira. Equipes da Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh) também foram até o local para verificar quantas famílias estão cadastradas para recebimento de habitação social por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida.
O titular da Semusc, Héryco Coqueiro, informa que o objetivo principal da Defesa Civil é salvaguardar vidas humanas. “O atendimento prioritário está sendo prestado às famílias que moram em áreas onde há risco de alagamento e desmoronamento. O monitoramento nestas localidades é feito 24h para garantir todo o atendimento necessário e evitar fatalidades. Também estamos monitorando os imóveis que servem de habitação para famílias, principalmente na região do Centro da capital, onde a Defesa Civil realiza vistorias e emites laudos sobre a situação de imóvel”, explicou.
Ainda nesta terça-feira (10), equipes da Defesa Civil estiveram na região da Divinéia, onde foram realizadas vistorias nos imóveis das ruas afetadas pelas chuvas, além de fazer orientações aos moradores sobre como proceder para evitar situação de riscos. Os imóveis impróprios para habitação serão interditados e os moradores encaminhados para abrigo e acompanhamento pela Semcas.
SAIBA MAIS
Em caso de emergência, entre em contato com a Defesa Civil por meio dos números (98) 3212-8473 / (98) 98822-5352 / 153 (para números da operadora Oi) ou 190 (Ciops).