Ministro do Supremo foi citado em delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral como recebedor de repasses ilegais
A Polícia Federal encaminhou um pedido de abertura de inquérito ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) para investigar o ministro Dias Toffoli por suspeita de recebimento de repasses ilegais.
Com base no depoimento do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral , que em delação premiada declarou que Toffoli recebeu R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos da capital carioca em processos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o pedido foi feito.
Condenado a mais de 200 anos de prisão pela Justiça em processos relacionados a Operação Lava Jato , Cabral cumpre pena desde 2016. Em fevereiro do ano passado, teve acordo de delação premiada homologada pelo ministro do STF Edson Fachin.
Ainda segundo o ex-governador condenado, os repasses envolvem o escritorio de advocacia da mulher de Toffoli, Roberta Rangel.
Investigado pelo crime de corrupção passiva , Toffoli disse em nota divulgada pela assessoria desconhecer os fatos mencionados e negou ter recebido repasses ilegais.
Os documentos do caso foram enviados ao relator do caso, Edson Fachin, na semana passada que agora, encaminhou a Procuradoria-Geral da República ( PGR ).