A Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF, na sigla em inglês) está propondo novas recomendações que podem salvar a vida de mulheres que correm o risco de desenvolver câncer de mama. De acordo com o rascunho da declaração, todas as mulheres com risco médio de câncer de mama devem começar a fazer mamografia aos 40 anos para reduzir o risco de morrer da doença. Esta é uma atualização significativa da recomendação anterior emitida pela força-tarefa em 2016, que sugeria que as mamografias bienais só deveriam começar aos 50 anos.
A American Cancer Society já recomenda que as mulheres comecem a fazer mamografias aos 40 anos, então essa proposta não é totalmente nova. A vice-presidente da USPSTF, Dra. Wanda Nicholson, disse que esta atualização da recomendação salvará mais vidas entre todas as mulheres. Ela enfatizou a importância da triagem para mulheres negras, que têm 40% mais chances de morrer de câncer de mama do que suas contrapartes brancas.
Embora esta proposta seja um excelente passo, não é suficiente para acabar com a epidemia de câncer de mama. Segundo o Dra. Nicholson, são necessárias mais pesquisas para entender as causas e os mecanismos que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama, principalmente entre as mulheres negras, que tendem a ter tumores mais agressivos.
A atualização proposta para a recomendação é para todas as pessoas designadas como mulheres no nascimento, incluindo mulheres cisgênero, homens trans e pessoas não binárias, que estão em risco médio de câncer de mama. Mulheres com histórico familiar de câncer e aquelas com mamas densas geralmente se enquadram nessa categoria. Mulheres com histórico pessoal de câncer de mama ou histórico familiar de mutações genéticas, como mutações no gene BRCA, são consideradas de alto risco e não se beneficiarão da nova recomendação.
Em conclusão, esta atualização da recomendação é um passo bem-vindo na luta contra o câncer de mama. No entanto, devemos continuar a pressionar por mais pesquisas e acesso equitativo ao tratamento para garantir que possamos finalmente acabar com essa doença devastadora.
Fonte: CNN